Páginas

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Jones Braga pode declarar apoio ao filho de Iara Quaresma e confirmar traição aos aliados históricos do PMDB

Jones Braga pode declarar apoio a Rodrigues da Iara; Decisão é uma traição ao vereador Zeca Lima e demais membros do PMDB que juntos com Braga declaram apoio a Riba do Xerém...

O ex-prefeito de Nina Rodrigues, Jones Braga (PMDB), pode voltar atrás do compromisso firmado com o seu grupo político de apoiar a reeleição do Prefeito Riba do Xerém (PRB) e firmar apoio à candidatura do filho da ex-prefeita, Iara Quaresma (PDT), sua adversária histórica no município.

A decisão de Braga, que deve ser confirmada amanhã, 21, em reunião do grupo oposicionista, virá recheada de significados e respostas à sua já conhecida índole política.

A confirmação do apoio de Jones Braga à oposição será muito ruim para o vereador Zeca Lima e grande parte da militância do PMDB que permanecem firmes com Xerém desde quando toda a cúpula do partido sentou e firmou apoio à sua reeleição.
 
Reunião que Jones e o PMDB declaram apoio a reeleição de Riba do Xerém
Receosos a uma eventual traição, os peemedebistas até tentaram sair do partido, mas Jones Braga, no entanto, garantiu que mesmo que não apoiasse a reeleição de Riba, ficaria neutro e daria ao vereador Zeca Lima e aos outros pré-candidatos a vereador autonomia para definir a coligação proporcional.

O posicionamento de Jones poderá deixar Zeca Lima e os outros pré-candidatos do PMDB sem palanque ou até mesmo influenciar numa derrota do vereador e impedir que outros candidatos vençam, pois se o partido não coligar com ninguém, dificilmente atingirá o coeficiente eleitoral.

Em 2012, Riba do Xerém foi taxado de traíra ao sair do PMDB, em meio à insegurança semelhante. Com certeza se não tivesse tomado à decisão de filiar-se ao PRB nem seria o prefeito de Nina Rodrigues, e a história se repete com outros personagens mais nas mesmas ou até maiores proporções. 

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Substituto de Cunha, Maranhão se encontrou com Youssef, diz PF

Lava-Jato tem provas de participação do deputado em desvios


Investigado. Deputado responde a outros dois inquéritos, além da Lava-Jato - André Coelho
BRASÍLIA — O inquérito da Operação Lava-Jato que investiga o crime de formação de quadrilha, no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), reuniu provas da suposta participação do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), no esquema de desvios de recursos da Petrobras. A Polícia Federal (PF) constatou que Maranhão esteve num dos escritórios utilizados pelo doleiro Alberto Youssef em São Paulo. O registro de acesso traz nome, número do documento apresentado e fotografia do parlamentar, além do nome da pessoa visitada: “Carlos Alberto Youssef/Primo”.

O relatório da Polícia Federal informa que a visita à JPJPAP Assessoria e Participações, empresa usada por Youssef, ocorreu em 2 de dezembro de 2011. Os registros da Câmara sobre gastos da cota parlamentar mostram que a viagem pode ter sido paga com dinheiro público. Os documentos não identificam os dias das viagens, mas no dia anterior, foi emitido um bilhete aéreo a Maranhão no valor de R$ 511,56, para que ele voasse de Brasília ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. No mesmo dia também há a emissão de bilhete para o trajeto Congonhas-Brasília-São Luís, no valor de R$ 1.126,66. Há um outro registro de emissão de passagem no mesmo período só que com roteiro diferente. O bilhete é de Congonhas ao Santos Dumont, no Rio, no valor de R$ 800,56, e de Congonhas a Brasília, por R$ 461,56.

Maranhão “teria entrado no prédio cerca de três minutos antes de Paulo Twiaschor, diretor-superintendente da empresa Serveng-Civilsan”, registra o relatório da PF: “O documento apresentado e a fotografia cadastrada são compatíveis com as do deputado federal Waldir Maranhão Cardoso.”
O relatório detalha a movimentação de outros nove investigados da Lava-Jato nos dois escritórios de Youssef, como os ex-deputados Aline Corrêa, Pedro Corrêa, João Pizzolatti Júnior e Luiz Argôlo; os deputados Arthur Lira (PP-AL), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Nelson Meurer (PP-PR); e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

“CERTEZA DE QUE RECEBERAM”

Em sua delação, Youssef detalhou a suposta participação de Maranhão no esquema de desvios da Petrobras. Ele colocou o parlamentar numa lista de políticos do PP que “eventualmente passavam no escritório da GFD em São Paulo para conversar ou pegar a sua parte do comissionamento”. O doleiro diz que o deputado estava no grupo em que há “certeza de que receberam valores”. “Com relação a Waldir Maranhão, o declarante afirma que o viu por diversas vezes no apartamento funcional de João Pizzolatti, nas reuniões de entrega e distribuição de dinheiro”, registra um dos termos da delação.

A assessoria de imprensa de Maranhão informou que o deputado já havia se manifestado na época da delação de Youssef e, agora, não vai se repetir. Na época, o parlamentar disse que colaboraria com as investigações.

Além do inquérito da Lava-Jato, outros dois investigam Maranhão no STF, por suspeita de lavagem de dinheiro em desvios de fundos de previdência.

 

sexta-feira, 15 de abril de 2016

ARREGOU: Dilma cancela pronunciamento que faria nesta sexta-feira na TV


BRASÍLIA - O Palácio do Planalto decidiu adiar o pronunciamento que a presidente Dilma Rousseff faria na noite desta sexta-feira para defender seu mandato. A cúpula do governo ainda não decidiu se a cadeia de rádio e TV será convocada para sábado ou se ela se posicionará apenas em redes sociais, como fez algumas vezes no ano passado como forma de evitar os panelaços.

A decisão foi tomada depois que o partido Solidariedade entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a veiculação da fala de Dilma. O Planalto resolveu adotar a cautela e quer aguardar os desdobramentos dessa ação para então decidir o destino do pronunciamento. A avaliação dentro do governo é que se a Justiça Federal barrasse o pronunciamento, geraria mais um fato negativo para Dilma, tudo o que o governo não quer neste momento.


ADVERTISEMENT
Dilma se reuniu pela manhã no Palácio da Alvorada com seus ministros mais próximos, entre eles Edinho Silva (Comunicação), para fechar o teor das palavras que dirigiria à nação. Até entao, o entendimento era de que valia a pena enfrentar o desgaste dos panelaços para fazer um último apelo para os deputados.


A linha do discurso de Dilma prevista, pela TV ou redes sociais, é o da luta, do combate, da defesa intransigente do seu mandato e da democracia; da legitimidade do voto e da ilegitimidade dos conspiradores. A presidente pretende conclamar suas bases a permanecerem mobilizadas no combate aos que chama de golpistas. A ideia é não dar tréguas aos seus adversários, notadamente o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sem citá-los nominalmente.

No texto, o apelo para que os deputados façam uma reflexão sobre a responsabilidade que terão nas mãos e o que o impeachment vai representar para a História para tentar influenciar aqueles que ainda estão indecisos.

No pronunciamento, estava também previsto o agradecimento aos 27 deputados que votaram contra o impeachment na comissão especial que analisou o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO).


 O GLOBO
por


quinta-feira, 14 de abril de 2016

O que são Pedaladas fiscais:


As “pedaladas fiscais” são manobras consideradas crimes de responsabilidade fiscal, feitas com o objetivo de “aliviar”, momentaneamente, as contas do governo.

Este “drible” econômico é praticado pelo Tesouro Nacional, que atrasa o repasse de dinheiro para os bancos públicos, privados e autarquias, com o intuito de enganar o mercado financeiro, dando a impressão de que o governo está com despesas menores.

As instituições financeiras que financiam alguns projetos do governo – como benefícios sociais e previdenciários – acabam por utilizar o próprio dinheiro para pagar estas despesas, evitando que os beneficiários destes planos sejam prejudicados.

Com esta medida, o governo consegue ludibriar o mercado, fazendo aumentar o superávit primário e impedir um déficit primário, que consiste quando as despesas do governo são maiores do que as receitas.

Por outro lado, as dívidas do governo com os bancos e instituições financeiras aumentam.

A pedalada fiscal é uma pratica ilegal, tida como um crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000), que regulamenta todas as movimentações de finanças feitas por entidades federais, estaduais e municipais.

A Lei da Responsabilidade Fiscal visa a transparência dos gastos públicos, questão esta que é ignorada pelas pedaladas fiscais, que justamente escondem os verdadeiros valores orçamentários do governo.

De acordo com a Advocacia Geral da União (AGU), sabe-se que as pedaladas fiscais são praticadas desde o ano 2000, com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

No entanto, esta expressão se popularizou em 2015 com o governo da presidente Dilma Rousseff, que teria utilizado desta manobra para conseguir pagar aos beneficiários dos projetos sociais do governo (como o Bolsa Família, por exemplo) e ainda conseguir manter, ilusoriamente, uma boa imagem das contas federais junto ao mercado financeiro.

Por esta razão, os partidos opositores ao governo vigente solicitaram um pedido de impeachment da presidente.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), órgão responsável em fiscalizar e julgar as contas do governo federal, estima-se que o governo brasileiro teria envolvido mais de R$ 40 bilhões, entre 2012 e 2014, em pedaladas fiscais. 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Maioria do Senado apoia afastamento de Dilma

de Brasília
  • Evaristo Sá-12.abr.2016/AFP
Levantamento feito pelo jornal "O Estado de S. Paulo" mostra que já há 42 senadores favoráveis à abertura de processo por crime de responsabilidade contra a presidente Dilma Rousseff e 17 os que se declararam contrários. Dez parlamentares se disseram indecisos, 8 não quiseram responder e 4 não foram encontrados. Para que o processo seja admitido e aberto no Senado, são necessários 41 votos.

Entre os senadores que se declararam indecisos há surpresas como Walter Pinheiro (BA), recém-saído do PT. Há três peemedebistas que disseram não ter posição: o ex-ministro Edison Lobão (MA), que é investigado na Lava Jato, e os paraibanos José Maranhão e Raimundo Lira. Cristóvão Buarque (PPS-DF) e João Capiberibe (PSB-AP) também estão indecisos. Ambos pertencem a partidos pró-impeachment.

Fernando Collor (PTC-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA) não quiseram responder. O peemedebista é pai do ministro Helder Barbalho, que permanece no comando da pasta de Portos. Jader havia se declarado na semana passada contrário ao afastamento.

Delator na Lava Jato e acusado de corrupção, o ex-petista Delcídio Amaral (MS) disse que votará pelo impeachment. Outra ex-petista pró-afastamento é Marta Suplicy (SP). Dois peemedebistas anunciaram voto a favor de Dilma e contra Temer chegar à Presidência: Roberto Requião (PR) e João Alberto (MA).

Arte/UOL
 

Placar do impeachment

 
Levantamento diário do jornal "O Estado de S. Paulo" mostra como os deputados estão direcionando seus votos para o impedimento ou não da presidente Dilma Rousseff.
 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Escutec: cresce reprovação ao governo Flávio Dino em São Luís

DO BLOG DO GILBERTO LEDA

avaliação

Os dados da mais recente pesquisa Escutec de intenção de votos em São Luís aponta crescimento da má avaliação do governo Flávio Dino (PCdoB) pelo ludovicense.

Segundo a consulta divulgada hoje (11), 38,8% dos eleitores da capital consideram a gestão comunista ruim ou péssima – esse número era de 25,7% há um ano.

Outros 31,1% acham regular, ou seja, nem ruim, tampouco bom. Bom e ótimo, somados, somas apenas 25,8%.

desaprova

Quando a questão é se o eleitor aprova ou desaprova o governo, há também aumento dos dados negativos: agora, 44,7% dizem desaprovar a gestão Dino – em maio do ano passado a reprovação era de 36,6%.

São números a se levar em consideração.

 

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Delator cita no Conselho repasse de US$ 5,1 milhões que seria para Cunha

Leonardo Meirelles é ex-sócio do doleiro Alberto Youssef.
Segundo ele, doleiro disse em almoço que dinheiro seria para Cunha.

Fernanda Calgaro
Do G1, em Brasília

Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara nesta quinta-feira (7), o empresário Leonardo Meirelles disse ter comprovantes de depósitos bancários, totalizando US$ 5,1 milhões, de valores que recebeu em suas contas no exterior e que teriam como destinatário final o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Meirelles afirmou que transformou esse dinheiro em reais e o entregou em espécie ao doleiro Alberto Youssef, que depois informou a ele que seria destinado para o parlamentar.

  Meirelles disse aos deputados do colegiado não ter feito nenhum depósito diretamente em contas de Cunha e relatou não saber se ele tem ou não conta no exterior.

Procurada, a assessoria do presidente da Câmara disse que ele não vai se manifestar sobre o assunto. O advogado que o representa no conselho, Marcelo Nobre, deverá falar com a imprensa após a sessão do colegiado.


Delator na Operação Lava Jato, Meirelles é ex-sócio de Youssef e cedia empresas para que o doleiro fizesse repasses de recurso ao exterior que seriam destinados depois a supostos beneficiários de propina.

Cunha é investigado no Conselho de Ética pela suspeita de manter contas bancárias secretas no exterior e de ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras e de não as ter declarado no Imposto de Renda. O presidente da Câmara nega ter conta, mas apenas o usufruto de fundos geridos por trustes.

Meirelles contou, porém, que, a pedido de Youssef, recebeu três transferências em 2012 de uma empresa do empresário Júlio Camargo, totalizando US$ 5,1 milhões, na conta de uma empresa sua, chamada RFY, na China. Ele relatou que transformou esse dinheiro em reais e o entregou em espécie a espécie a Youssef.

Em uma das vezes, havia um entregador aguardando para pegar o dinheiro com Youssef e levá-lo para um condomínio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Segundo Meirelles, esse emissário era o agente afastado da Polícia Federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Jayme Careca. A residência de Cunha no Rio fica em um condomínio na Barra.


  Na ocasião, Meirelles disse que não sabia o destinatário do dinheiro, mas que, dias depois, em um almoço informal, Youssef disse que os US$ 5,1 milhões seriam destinados a Cunha. Relatou ainda que, quando teve conhecimento das delações do próprio Youssef e do Júlio Camargo, associou as acusações feitas por eles contra Cunha com as operações que tinha feito.

"Uma semana após a operação, almoçando com o Alberto, nesse mesmo dia eu vi o Júlio [Camargo] saindo do escritório do Alberto, fomos almoçar e ele me disse: 'Você nem imagina a pressão que eu estava sofrendo'. E disse que era do investigado [no Conselho de Ética], que era de Eduardo Cunha", afirmou.

Segundo Meirelles, após virem à tona as delações do Júlio Camargo e de Youssef, que mencionavam esse pagamento de propina a Cunha, ele pediu autorização ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, para buscar extratos na China das transações bancárias e que toda a documentação foi entregue à Procuradoria.


De acordo com a investigação dos procuradores, os recursos dizem respeito a propina recebida por Cunha em contratos da Petrobras de dois navios-sondas da empresa coreana Samsung Heavy Industries Co. e da japonesa Mitsui.

Meirelles confirmou aos deputados que sabia que os US$ 5 milhões que seriam destinados a Cunha estavam relacionados ao esquema de corrupção da Petrobras. Segundo ele, os repasses que eram feitos para suas contas vinham de empresas que prestavam serviço a empreiteiras ligadas à estatal.

"Sim, [sabia]. As operações das empresas de fachada de Youssef eram com empresas que prestavam serviços à Petrobras", disse, acrescentando que recebia 1% do valor bruto de todas essas transações. Ele informou ao conselho ter movimentado US$ 140 milhões durante quatro anos em que operou para Youssef

Defesa de Cunha


Após a sessão, o advogado Marcelo Nobre, que faz a defesa de Cunha, disse que seria um “absurdo” se o conselho considerasse o depoimento de Meirelles como prova. “Ele não trouxe um documento. Ele disse que um terceiro, numa conversa informal, disse a ele que era o meu cliente [o destinatário dos recursos]. Como é que se condena alguém desse jeito?”, indagou.


Nobre reiterou que o Conselho de Ética investiga exclusivamente se Cunha mantém contas secretas no exterior e que não poderá avançar além disso. “Não existe isso no direito. A defesa se defende da imputação. É como uma denúncia do Ministério Público sobre um fato. Se, no curso do processo se descobre qualquer outra coisa, o Ministério Público investiga e faz uma nova denúncia. Nunca no mesmo processo, isso é ilegal, é contra a lei”, afirmou.

A defesa de Cunha havia chegado a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para cancelar o depoimento de Meirelles e de todas as outras sete testemunhas da acusação arroladas pelo relator, Marcos Rogério (DEM-RO), sob a alegação de que nada teriam a esclarecer sobre o objeto do processo no conselho. No entanto, a ministra Cármen Lúcia negou o pedido, liberando, assim, as oitivas.

Normalmente, é praxe que a Câmara banque com os custos do transporte de depoentes, mas o pedido feito pelo colegiado não obteve resposta da Mesa Diretora, presidida por Cunha. Diante disso, o próprio Meirelles arcou com as despesas da passagem aérea de São Paulo a Brasília para que pudesse comparecer ao conselho.


O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), criticou o comando da Casa e disse que o conselho iria agora pleitear agora o ressarcimento. O relator também acusou o presidente da Câmara de mais uma vez tentar atrapalhar o andamento. “É, claramente, uma tentativa de obstrução dos trabalhos”, afirmou.

Houve bate-boca entre deputados aliados do presidente da Câmara e adversários dele para que o depoente assinasse um termo de compromisso atestando que dirá somente a verdade. Como a presença dele no conselho é como testemunha, o advogado dele, Haroldo Nater, de início não quis que ele assinasse o documento, mas, diante do protesto de aliados de Cunha, acabou cedendo.

Durante o depoimento, aliados de Cunha acusaram Meirelles de "pirotecnia" e de querer encenar um "teatro" ao não trazer provas concretas de que Cunha teria contas no exterior. "O processo aqui é sobre a existência ou não de contas secretas", reagiu o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos defensores de Cunha.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) rebateu: "O que ele trouxe aqui é extremamente valioso", ponderou.