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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Medicina Veterinária Legal



Nesse artigo falaremos sobre uma área de atuação exclusiva dos médicos veterinários, cujo mercado de trabalho está em franca expansão: a Medicina Veterinária Legal. Atualmente, com o advento do Código de Defesa do Consumidor, os clientes/consumidores estão mais cientes de seus direitos. Isso traz consigo um aumento significativo de demandas judiciais e extra-judiciais nas mais diversas áreas, inclusive na Medicina Veterinária.

O que é Medicina Veterinária Legal


De todos os conceitos que vimos, acreditamos que esse é o que melhor define a Medicina Veterinária Legal:

É a ciência que ensina a aplicação de todos os ramos da Medicina Veterinária aos fins da lei. Envolve a atuação do médico veterinário como perito, assistente técnico, consultor ou auditor. (ABMVL)
Todas as atividades que envolvem a Medicina Veterinária estão sujeitas a questionamentos que muitas vezes levam à necessidade dos serviços de um médico veterinário perito.

Como perito, o médico veterinário utiliza seus conhecimentos profissionais para confeccionar laudos e pareceres, prestando informações técnico-científicas relacionadas aos animais e produtos de sua origem, meio ambiente e/ou saúde pública, buscando sempre esclarecer os fatos para auxiliar as partes interessadas, ou o órgão julgador, a formar uma convicção justa (sob o ponto de vista jurídico).

Atividade exclusiva dos médicos veterinários


A Lei Federal nº 5.517/68, que criou a profissão de médico veterinário, também estabelece quais são as competências privativas desses profissionais:
Art. 5º  É  da competência privativa do médico veterinário o exercício das seguintes atividades e funções a cargo da União, dos Estados, dos Municípios, dos Territórios Federais, entidades autárquicas,  paraestatais e de economia mista e particulares:
g)  a peritagem sobre animais, identificação, defeitos,  vícios, doenças, acidentes, e exames técnicos em questões judiciais;
h)  as perícias, os exames e as pesquisas reveladoras de fraudes ou operação dolosa nos animais inscritos nas  competições desportivas ou nas exposições pecuárias;
Ao mesmo tempo, a referida legislação também estabelece outras atribuições, conhecidas como competências concorrentes com outras profissões, nas chamadas áreas de sombreamento profissional:
Art. 6º Constitui, ainda, competência  do médico veterinário o exercício de atividades ou funções públicas e particulares, relacionadas com:
c)  a avaliação e peritagem relativas aos animais para fins administrativos de crédito e de seguro;
g) os exames periciais tecnológicos e sanitários dos subprodutos da indústria animal;
Particularmente acreditamos que a alínea “g”, supracitada, deveria ser competência privativa do médico veterinário. Justificamos lembrando que os profissionais da Medicina Veterinária são os únicos capazes de analisar e compreender as doenças animais, que possuem íntima relação com a sanidade dos produtos de origem animal.

Perícia Veterinária Forense


Fundamental nas situações onde a Justiça se julga incapaz de analisar aspectos técnicos determinantes ao processo, a perícia veterinária forense se divide em criminal e civil.

A perícia veterinária criminal busca a elucidação de crimes. Ela é realizada por servidores públicos (previamente aprovados em concurso público), os conhecidos peritos oficiais. Quando não há disponibilidade de peritos oficiais, o juiz pode nomear dois profissionais idôneos (que inspirem confiança ao magistrado) e, de preferência, com especialização na área.

Já a perícia veterinária civil objetiva o cumprimento de um direito. Nesse caso, o perito veterinário é um prestador de serviços (sem vinculação de emprego) e também é nomeado pelo julgador.
Perito judicial é qualquer pessoa de moral incorrupta, de amplo conhecimento técnico (preferencialmente especializado) e de confiança dos juízes.

Áreas de atuação extrajudiciais do Perito Veterinário


As áreas de atuação extrajudiciais são amplas e definidas pelos artigos 5º e 6º da, já citada, Lei Federal nº 5.517/68. Entretanto, no atual mercado de trabalho, existem algumas em destaque:
  • Arbitragens de valores (perdas e danos);
  • Avaliações de animais e seus rendimentos produtivos;
  • Custos de produção na exploração pecuária;
  • Determinações de imperícia, imprudência e/ou negligência.
  • Determinações de idade, sexo, raça, espécie;
  • Diagnósticos de lesões (maus tratos, acidentes, etc.);
  • Evoluções e avaliações dos rebanhos;
  • Identificações de animais (inclusive casos de parentescos);
  • Identificações de fraudes;
  • Identificações de produtos e subprodutos de origem animal;
  • Inventários;

Cada perícia é um fato singular, cujo mérito não compete ao perito discutir, devendo ater-se apenas aos fatos. (Kalio Paarmann).

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Holandinha diz que Roseana Sarney discrimina e ainda retira R$ 40 milhões de São Luís

Blog do Jorge Vieira

O prefeito Edivaldo (PTC) contestou as declarações da governadora Roseana Sarney (PMDB) sobre parceria entre governo do Estado e prefeitura de São Luís e revelou que em um ano e oito meses o município repassou R$ 40 milhões para o Estado.

roseana edivaldo

“A governadora Roseana Sarney foi muito infeliz em suas declarações. Quem parece só pensar em dinheiro é o governo do Estado. Tanto que a Prefeitura é obrigada a repassar todos os meses R$ 2 milhões para o governo do Estado. Além de retaliar não a mim, mas a população de São Luís, sem um único convênio em um ano e oito meses, ainda tivemos que repassar R$ 40 milhões para o governo do Estado, recursos referentes ao convênio feito pelo ex-governador Jackson Lago para a construção dos viadutos do Calhau e da Forquilha”, afirmou o prefeito.

Na entrevista a um jornal local, no último domingo (24), a governadora disse que “eles (Prefeitura) acham que parceria é só dar dinheiro”.

Roseana Sarney chegou a dizer que “também poderia ir pedir dinheiro à Prefeitura”, sem explicar as razões de seu governo não celebrar convênios com a Prefeitura. Contudo, nada disse sobre o pedido de audiência protocolado pelo governo municipal na Casa Civil, há 3 meses, quando o prefeito decretou situação de emergência em 41 bairros da capital do Estado.

“Desde o início de nossa gestão, tenho buscado parceria institucional com o governo e o fiz novamente, inclusive em pronunciamento na TV, quando parte da população de nossa cidade sofreu com um dos mais rigorosos períodos chuvosos dos últimos anos, mas sequer obtivemos resposta”, criticou Edivaldo.

O prefeito relembrou que na primeira tentativa de firmar parceria com o Estado, no início da gestão, o governo Roseana propôs a transferência da gestão do Hospital Municipal Clementino Moura, o Socorrão II, para a Secretaria de Estado da Saúde, mediante repasse da ordem de R$ 77 milhões por parte do governo municipal ao Estado.

“Mais uma demonstração de que quem parece entender parceria como recursos financeiros é a governadora Roseana Sarney”, disse.


Edivaldo afirmou que as ligações feitas pela governadora, ano passado, ocorreram após as manifestações de rua em junho de 2013. Mas, a proposta de parceria do governo do Estado na área de mobilidade urbana também não se concretizou. “O que existe pontualmente em algumas secretarias citadas pela governadora é cooperação técnica, muito diferente de parceria institucional”, concluiu o prefeito.