Defesa de Alberto Youssef afirma que dono do Labogen, Leonardo Meirelles, está mentindo ao dizer que ele ‘trabalhou’ para tucanos.
Ricardo Brandt e Fausto Macedo
A defesa de Alberto Youssef informou que vai apresentar ainda nesta
quarta feira, 22, à Justiça Federal em Curitiba (PR) um pedido de
impugnação do depoimento de Leonardo Meirelles – suposto testa de ferro
do doleiro nas indústrias farmacêuticas Labogen. Em depoimento na
segunda feira, 20, Meirelles afirmou que ele mantinha negócios com o
PSDB e com ex-presidente nacional do partido senador Sérgio Guerra (PE),
morto em março.
O criminalista Antônio Figueiredo Basto, que defende Youssef, disse
que pedirá ainda uma acareação entre os dois – o doleiro e Meirelles são
réus em um dos processos da Operação Lava Jato, sobre superfaturamento
nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
“Meu cliente afirma peremptoriamente que nunca falou com Sérgio
Guerra, nunca teve negócio com ele e nunca trabalhou para o PSDB”,
afirmou o criminalista Antônio Figueiredo Basto. “Estamos pedindo uma
impugnação do depoimento do Leonardo e uma acareação entre eles.”
Meirelles é apontado como laranja de Youssef no laboratório Labogen,
indústria de remédios que estava falida e que o doleiro usou para tentar
conquistar um contrato milionário com o Ministério da Saúde, na gestão
do então ministro Alexandre Padilha, para fornecimento de medicamentos.
Segundo o Ministério, o contrato não chegou a ser assinado.
O negócio teria sido intermediado, segundo a PF, pelo deputado
federal André Vargas (sem partido-PR), que foi flagrado usando um jato
pago pelo doleiro.
Meirelles afirmou à Justiça Federal, em audiência da segunda feira,
20, que Youssef trabalhava também com o PSDB, além dos partidos PT, PMDB
e PP.
Ele disse ter ouvido o doleiro citar o nome de Guerra em uma conversa
telefônica e ainda citou “um outro parlamentar” tucano da mesma região
do doleiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário