Ex-presidente foi mencionado por um dos investigados na Operação Miquéias. Nos documentos remetidos pela polícia não constam gravações de conversas do senador.
O relatório da Polícia Federal relacionado às investigações
sobre a organização do doleiro Fayed Traboulsi menciona o nome de, pelo
menos, seis parlamentares, um deles do ex-presidente do Senado José
Sarney (PMDB-AP). Outros três são Davi Alcolumbre (DEM-AP), Eduardo
Gomes (PSDB-TO) e Waldir Maranhão (PP-MA), conforme revelou o GLOBO na
edição online de ontem. A relação foi enviada ao Tribunal Regional
Federal da 1ª Região e, depois, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O
nome de Sarney foi citado por um dos investigados na operação. Numa
entrevista ao GLOBO, Davi Alcolumbre disse que, numa das conversas que
teve com Fayed, o doleiro fez perguntas a ele sobre o senador. Ele
negou, no entanto, que os dois tenham conversado sobre fundos de pensão
ou qualquer outra das atividades do doleiro que estão sob investigação.
Alcolumbre, Gomes e Maranhão tiveram conversas gravadas pela polícia.
Nos documentos remetidos pela polícia não constam gravações de
conversas do senador. Segundo uma autoridade que acompanha o caso de
perto, o nome de Sarney aparece de forma "unilateral", ou seja, não há
indicação de que o senador saiba de que esteja sendo citado. Procurado
pelo GLOBO, por intermédio da assessoria de imprensa, Sarney disse que
não conhece Fayed, nem a ex-secretária Flávia Peralta, funcionária do
Senado investigada pela PF.
- O senador não conhece o Fayed, não
conhece essa moça e se seu nome foi citado, foi citado indevidamente -
disse um dos assessores do senador.
Os autos da Operação Miquéias
foram enviados ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF). Caberá ao STF
analisar o material para saber se o abre inquérito sobre o caso.
Jailton de Carvalho - o globo
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