blog do Rodrigo Mattos
Sob a administração de Aldo Rebelo, o Ministério do Esporte tem sido
generoso com seus funcionários de elite. Por opção da cúpula da pasta,
os donos dos principais cargos na pasta têm viajado para todos os
lugares do mundo em classe executiva. Segundo levantamento do blog,
desde o início de 2012, já foram gastos R$ 700 mil em 38 viagens com
servidores que poderiam se deslocar com passagens econômicas pelas
regras do governo.
Pela legislação em vigor, o ministro tem
direito a viajar de primeira classe, da qual ele tem aberto mão. É
obrigatório ainda que seus secretários e funcionários com cargo DAS 6
desfrutem da classe executiva, o que tem sido respeitado.
Quanto a
outros servidores de cargos de coordenação, com DAS 5 ou 4, o
Ministério pode lhes dar ou não o direito de viajar no setor superior do
avião em voos acima de 8 horas. Generosa, a pasta tem dado esse
benefício a todos dessas categorias.
Já foram 20 funcionários que
viajaram nessas condições. Em maio de 2012, por exemplo, Carlos Henrique
Cardim teve uma passagem de ida e volta para Pequim comprada por R$
46,7 mil. Participou de um grupo de trabalho para troca de informações
sobre os Jogos Olímpicos. Ele tem um cargo de direção e assessoramento
superior, com DAS 5.
Outros assessores que costumam acompanhar o
ministro, como Ricardo Gomyde, também o tem estado ao seu lado na classe
executiva, em idas a Zurique para encontros da Fifa. Boa parte deles
foi no setor mais espaçoso do avião para observar os Jogos de
Londres-2012.
Ressalte-se que o ministério não descumpre a lei.
Essa lhe dá o direito de conceder as passagens executivas a esses
funcionários de elite, como explicou o Ministério do Planejamento. Mas
isso não é obrigatório, o que significa que o dinheiro poderia ser
economizado ou não.
Além das passagens, os servidores da pasta
gozam de diárias que também são reguladas por decretos. Um funcionário
de alto escalão, na Europa, tem direito a um valor por dia pouco
superior a R$ 900, dependendo do câmbio. Isso inclui o pagamento de
hotéis, comida e transporte.
Até a publicação deste post, o
Ministério não havia se manifestado sobre o uso de passagens executivas
por seus funcionários de elite.
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