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domingo, 30 de junho de 2013

Blatter nega ter fugido do Brasil depois de vaias e manifestações

Joseph Blatter justificou que só saiu do Brasil para prestigiar o Mundial Sub-20 da Turquia

 

AFP PHOTO / PABLO PORCIUNCULA
Fifa foi alvo de parte dos protestos ao redor do Brasil

 

O suíço Joseph Blatter está de volta ao País onde foi vaiado na abertura da Copa das Confederações, quando discursou ao lado da presidenta Dilma Rousseff. Depois de cobrar educação do público que assistiu à vitória da Seleção Brasileira sobre o Japão naquela tarde e de presenciar inúmeras manifestações pacíficas e violentas no Brasil, o presidente da Fifa já se mostra mais à vontade. Não que antes estivesse com medo, segundo ele.

 

“Fui criticado por sair do Brasil durante a Copa das Confederações, mas havia outra competição da Fifa para prestigiar. O nosso calendário internacional ainda tem alguns torneios que se sobrepõem. Era o meu papel ir à Copa do Mundo Sub-20, na Turquia, um país onde há as mesmas manifestações do Brasil. Voltei para cá agora, para as semifinais. Não podem dizer de forma alguma que fugi ou escapei. Muito ao contrário. Assumi duas responsabilidades ao mesmo tempo”, bradou Blatter, sem que ninguém tivesse perguntado.

Apesar da sua disposição para defender a viagem que fez, o mandatário da Fifa mostrou-se cauteloso com o assunto, nesta sexta-feira. Ele não deu nenhuma resposta sobre os protestos que ocorrem no Brasil sem antes trocar cochichos com o secretário-geral da entidade, o francês Jérôme Valcke. Ambos não queriam aparentar insegurança com as cobranças por melhorias sociais feitas pela população ao governo.

“A Fifa não tem poder para assumir a questão da segurança do torneio. É algo que deve ser assegurado pelo país organizador. Mas essa certeza de que tudo transcorrerá bem já nos foi dada em 2007, quando tomamos a decisão de trazer a Copa para a nação onde o jogo bonito é jogado”, afirmou Blatter, muito mais animado para falar sobre temas puramente esportivos. “Já provamos a nossa confiança no governo durante situações não muito confortáveis que vimos na semana”, concluiu.

Quando questionado sobre futebol, Joseph Blatter tinha ainda mais confiança e segurança para se posicionar na entrevista coletiva concedida pelos organizadores da Copa das Confederaçõe, no Maracanã. O mandatário da Fifa definiu José Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como “uma pessoa muito feliz” porque o time do astro Neymar avançou à final e deu um forte aperto de mãos em Aldo Rebelo, ministro do Esporte, ao ouvir que os anfitriões eram favoritos na final contra a Espanha.

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