Blatter nega ter fugido do Brasil depois de vaias e manifestações
Joseph Blatter justificou que só saiu do Brasil para prestigiar o Mundial Sub-20 da Turquia
Fifa foi alvo de parte dos protestos ao redor do Brasil
O suíço Joseph Blatter está de volta ao País onde foi vaiado na abertura
da Copa das Confederações, quando discursou ao lado da presidenta Dilma
Rousseff. Depois de cobrar educação do público que assistiu à vitória
da Seleção Brasileira sobre o Japão naquela tarde e de presenciar
inúmeras manifestações pacíficas e violentas no Brasil, o presidente da
Fifa já se mostra mais à vontade. Não que antes estivesse com medo,
segundo ele.
“Fui criticado por sair do Brasil durante a Copa das
Confederações, mas havia outra competição da Fifa para prestigiar. O
nosso calendário internacional ainda tem alguns torneios que se
sobrepõem. Era o meu papel ir à Copa do Mundo Sub-20, na Turquia, um
país onde há as mesmas manifestações do Brasil. Voltei para cá agora,
para as semifinais. Não podem dizer de forma alguma que fugi ou escapei.
Muito ao contrário. Assumi duas responsabilidades ao mesmo tempo”,
bradou Blatter, sem que ninguém tivesse perguntado.
Apesar da sua
disposição para defender a viagem que fez, o mandatário da Fifa
mostrou-se cauteloso com o assunto, nesta sexta-feira. Ele não deu
nenhuma resposta sobre os protestos que ocorrem no Brasil sem antes
trocar cochichos com o secretário-geral da entidade, o francês Jérôme
Valcke. Ambos não queriam aparentar insegurança com as cobranças por
melhorias sociais feitas pela população ao governo.
“A Fifa não
tem poder para assumir a questão da segurança do torneio. É algo que
deve ser assegurado pelo país organizador. Mas essa certeza de que tudo
transcorrerá bem já nos foi dada em 2007, quando tomamos a decisão de
trazer a Copa para a nação onde o jogo bonito é jogado”, afirmou
Blatter, muito mais animado para falar sobre temas puramente esportivos.
“Já provamos a nossa confiança no governo durante situações não muito
confortáveis que vimos na semana”, concluiu.
Quando questionado
sobre futebol, Joseph Blatter tinha ainda mais confiança e segurança
para se posicionar na entrevista coletiva concedida pelos organizadores
da Copa das Confederaçõe, no Maracanã. O mandatário da Fifa definiu José
Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),
como “uma pessoa muito feliz” porque o time do astro Neymar avançou à
final e deu um forte aperto de mãos em Aldo Rebelo, ministro do Esporte,
ao ouvir que os anfitriões eram favoritos na final contra a Espanha.
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