O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), leu nesta terça-feira (1) o requerimento da oposição que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras.
Com a leitura, está criada a CPI. Agora, os partidos têm que indicar os nomes dos representantes que vão fazer parte da comissão.
O governo tentou retirar assinaturas de senadores da base aliada. Tem até meia-noite de hoje para mudar a ideia de aliados. Foi escalado o novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para conversar com os parlamentares.
Sem sucesso, Berzoini tenta agora garantir o controle da CPI. Quer que a relatoria e a presidência fiquem com senadores de confiança da presidente Dilma Rousseff.
Como há acordo de senadores da oposição com deputados, outra CPI deve ser instalada. Desta vez, uma mista, com parlamentares das duas Casas.
Isso vai acabar atrasando o início da apuração e dará força a uma proposta do governo: a criação de uma CPI para investigar irregularidades em contratos de licitação das obras do metrô de São Paulo, no caso Alstom. A ideia é constranger políticos do PSDB, envolvidos no esquema.
Outro alvo é a obra do porto de Suape, em Pernambuco. Os petistas estão ressentidos com o pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. O PT credita ao governador a responsabilidade pela CPI da Petrobras.
Campos ordenou aos 4 senadores da bancada do PSB que assinassem o pedido de CPI, o que foi considerado fundamental para a instalação da comissão.
Renan responderá sobre a inclusão de outros assuntos ao pedido da oposição nesta quarta-feira (2).
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