Sem convencer – Nada pode ser mais pífio do que o desgoverno de Roseana Sarney,
que agora apela ao sensacionalismo barato para tentar justificar a onda
de violência que tomou conta do Maranhão, que sob os auspícios do grupo
político liderado pro seu pai, o caudilho José Sarney, tornou-se o mais
miserável estado brasileiro.
Em mensagem emergencial levada ao ar pelas emissoras maranhenses de
televisão, Roseana imitou Fernando Collor de Mello ao pedir que os
maranhenses não dessem ouvido às notícias que buscam desestabilizar o
Maranhão, como se governo de incompetentes precisasse de fofocas para
desmoronar. É importante lembrar que Collor, ao apelar aos brasileiros
no momento de fragilidade política, estreou o prefácio de uma derrota
que culminou com o primeiro caso de impeachment no País.
Roseana é mais um fantoche do grupo liderado pelo falso democrata
José Sarney, mas agora tenta varrer a sujeita da incompetência para
debaixo da alcatifa palaciana. Cansados e vilipendiados em seus direitos
mais básicos, os maranhenses não merecem uma governante como Roseana
Sarney, ao mesmo tempo em que não mais suportam os desmandos que brotam
do grupo político da Praia do Calhau.
Sem pulso para governar, Roseana, que já deveria ter demitido o
secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, falou durante alguns
minutos diante das câmeras, ladeada por estafetas de plantão que mais
pareciam figurantes de aluguel. A governadora deveria se imbuir de
coragem e renunciar ao cargo, livrando o Maranhão do desgoverno que se
instalou no Palácio dos Leões.
Roseana falou em solidariedade à família da menina Ana Clara, que
morreu na segunda-feira (6) por causa dos ferimentos provocados pelo
fogo que consumiu o ônibus em que estavam sua mãe e a irmã de apenas um
ano. A governadora disse que está “revoltada” com os desdobramentos das
ações comandadas por criminosos a partir dos presídios do Maranhão,
Roseana sempre soube da situação do sistema prisional maranhense, mas
nada fez para reverter o caos que domina os cárceres locais.
A filha de José Sarney é tão abusada, que chegou a falar em
“violência dos covardes”. É importante destacar que toda morte trágica,
provocada por terceiro, é repugnante, mas Roseana por certo não se dá
conta da covardia que emana do grupo político que ela própria integra e
dá ordens. A ousadia da governadora é tamanha, que o secretário Aluísio
Mendes foi escolhido pela “famiglia” Sarney para concorrer à Câmara dos
Deputados.
Roseana aproveitou o pronunciamento pífio de aproximadamente dois
minutos para falar aos maranhenses sobre plano de investimento de R$ 130
milhões no sistema prisional do estado. Faz-se necessário recobrar a
memória do sofrido povo do Maranhão para o fato de que a governadora
prometeu entregar 72 hospitais até o final de 2010, quando terminou seu
mandato anterior, mas quatro anos depois muitas dessas unidades
hospitalares ainda estão na seara da promessa. E os que foram
inaugurados funcionam com dificuldade. De tal modo, não será um discurso
fácil e redigido por algum assessor a resolver a lufada de violência
que sopra sobre o castigado Maranhão.
Para finalizar a sua ópera bufa, Roseana disparou: “Não fugirei à
minha responsabilidade. Peço ao povo maranhense que não dê ouvidos a
essa rede de boatos que tenta tumultuar o dia a dia do cidadão. Da parte
do governo não faltarão força e determinação para enfrentar os
criminosos e manter a paz e a tranquilidade”. A filha do caudilho José
Sarney não tem moral para falar em responsabilidade, pois qualquer
governante minimamente responsável já teria tomado alguma atitude para
reverte a caótica situação do Maranhão. Ademais, não há onda de boatos
quando um governo é fraco e sem controle.
Faltando alguns meses para as
eleições, Roseana pega carona na violência que reina nos presídios do
estado para falar em força e determinação. Piada de péssimo gosto de
alguém que sempre desdenhou a situação desumana que diuturnamente sangra
a dignidade do bravo povo do Maranhão.
Depois desse pronunciamento digno de um picadeiro de circo de subúrbio, o ucho.info
resgata frase do célebre Machado de Assis, na obra “Esaú e Jacó”, para
tentar despertar Roseana e sua horda de assessores para a dura realidade
do Maranhão: “Há aí o seu tanto de exagerado, mas a hipérbole é deste
mundo, e as orelhas da gente andam já tão entupidas que só à força de
muita retórica se pode meter por elas um sopro de verdade”.
portal ucho.info
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