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domingo, 29 de dezembro de 2013

Governo Roseana fecha o ano de 2013 criticado pelo CNJ e em editorial da Folha de São Paulo

Documento do CNJ afirma que governadora não quis firmar termo de compromisso para resolver problemas do sistema carcerário e editorial da Folha diz que Palácio dos Leões tem responsabilidade direta pelos 60 assassinatos ocorridos nos presídios do estado em 2013.



O penúltimo ano da quarta passagem de Roseana Sarney(PMDB) no comando do governo do Estado está sendo encerrado sob um festival de críticas contra o governo maranhense, manifestadas em documentos  de órgãos oficiais e em  jornais de grande circulação nacional.

O relatório da inspeção no sistema carcerário do Estado feita por representantes do Conselho Nacional de Justiça( CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público( CNMP) e entregue na última sexta-feira ( 27 de dezembro) ao ministro Joaquim Barbosa, presidente do CNJ faz críticas a postura do governo do Estado em relação aos graves problemas dos presídios maranhenses.

O documento afirma que o governo do Estado não  atendeu às solicitações do CNJ para assinar um Termo de Compromisso onde manifestaria de maneira formal a intenção de resolver os problemas detectados no sistema carcerário do estado nas diversas inspeções feitas nos últimos anos.

O relatório ressalva ainda que tais tentativas foram feitas em 2012, uma em outubro e outra em dezembro, mas em nenhuma destas ocasiões o governo do Estado manifestou interesse em firmar esse termo de compromisso e que somente após outra rebelião, ocorrida outubro deste ano, Roseana Sarney assumiu apenas o compromisso  verbal de construir onze presídios e fazer concurso para o quadro de servidores do sistema carcerário.

Cenas maranhenses
No mesmo dia em que foi divulgado o relatório do CNJ  o jornal “ Folha de São Paulo” publicou editorial afirmando que Roseana Sarney e seus auxiliares diretos tem responsabilidade pela rotina de assassinatos no sistema carcerário maranhense. O editorial ainda trata da possibilidade de intervenção federal no estado, que pode ser solicitada ao STF pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.  “Pode parecer radical a interferência direta dos poderes federais nos assuntos internos do Maranhão. Mais radical, contudo, é o quadro em que decapitações e estupros se tornaram rotina”, diz um trecho do editorial denominado de “Cenas Maranhenses”.

Ainda no dia 27 de dezembro, o governo do Estado divulgou nota oficial informando a disposição de construir com recursos próprios nove unidades prisionais em caráter emergencial e ressaltou que a penitenciária de Imperatriz já tem 80% das obras concluídas.

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