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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Ex-governador desmascara o mito do boato sobre a violência no Maranhão

Por José Reinaldo Tavares

É inexplicável o que acontece com Roseana. Dona de um complexo de comunicação, com jornais, televisões e rádios ela procura fugir de suas responsabilidades como governadora e mesmo com o clima de medo e pânico que envolveu a cidade ela não aparece e nem toma nenhuma providencia para acalmar a população. Nunca antes neste país aconteceu algo semelhante. Ela comete, no mínimo, crime de responsabilidade!

oi
Ex-governador responsabilizou Roseana pela crise na segurança que se agravou na semana passada, após motim na Penitenciária de Pedrinhas.

E olhe que foi avisada do que iria acontecer porque durante o seu governo, em 2010, já havia acontecido a mesma coisa, na mesma gravidade e proporção inclusive com uma quantidade imensa de decapitados em Pedrinhas. Precisou vir um pastor para acalmar a situação, na verdade apenas um bandido travestido de pastor. O governo, se paralisado estava, paralisado ficou. E pior, nenhuma providencia foi tomada, nada, e assim o estopim para o que aconteceu na semana passada já estava aceso ha muito tempo. Agora explodiu de novo.

A responsabilidade da governadora é direta e completa. O governo de Jackson Lago estava com projetos prontos para construir algumas novas prisões no interior e ao ser retirado do governo e substituído por Roseana Sarney tudo foi paralisado, entre as quais diversos colégios, hospitais de referencia e cadeias. Só com Pedrinhas é impossível evitar o que está acontecendo, pois esse é um mundo complexo e reunir todos em um só lugar é convidá-los para grandes conflitos ao reunir quadrilhas rivais, sem critério, no mesmo lugar.

Há poucos dias um homem acusado por delitos insignificantes foi colocado junto a assassinos e bandidos de grande periculosidade e acabou degolado. E nada disso fez o governo, indiferente e omisso, se mexer. Nem uma palavra.
Daí a culpa pessoal, direta mesmo, da governadora que vive em campanha, de itinerante em itinerante como se merecesse um mandato de senador. Se não dominassem os  meios de comunicação, se o fato acontecesse no meu governo ou no de Jackson, por exemplo estaria armado um alarido ensurdecedor pedindo a saída do governador.

O fato foi tão grave que obrigou o Marafolia, empresa da família, a cancelar um show da consagrada Ivete Sangalo, que já estava sendo vendido. Mas Roseana cercada por duzentos policiais militares no palácio acha que foram apenas boatos. Um boato com muitos mortos e feridos, tão violento que assustou a todos e paralisou a cidade, já muito insegura  com a insegurança pública crescente. Dentro de pouco tempo um recorde será quebrado na grande São Luís com mais de cem mortes violentas em um mês. Em meados de Outubro já ocorreram mais assassinatos do que no ano passado inteiro. E para Roseana Sarney foi apenas um boato…

E qual foi a sua resposta ao pânico da população? Assinou um decreto considerando o Maranhão em Estado de Calamidade Pública e o governo federal apreensivo com a fraqueza do governo estadual manda, mais uma vez, soldados da Força Nacional. Assim o governo repete o que mais gosta de fazer, dispensa de licitações permitindo aos empreiteiros amigos mais algumas obras, a que preços, não se sabe.

Mas isso acalmará a população e trará mais segurança aos maranhenses? Como, se nenhuma medida para melhorar a segurança das ruas está sendo providenciada? Nenhum policial a mais, nenhum recurso a mais nenhuma nova estruturação da força policial do estado está sendo providenciada. Como, então, isso poderá mudar alguma coisa em curto prazo? Nada!

São medidas midiáticas apenas. É novamente o governo se escondendo e tentando enganar a população maranhense, pois nada mudará. Falta seriedade ao governo que é apenas irresponsável, indiferente e omisso.

Como o governo do estado ficou inerte o Tribunal de Justiça, a Assembleia Legislativa, a OAB e outras entidades procuraram dar uma resposta a população, mesmo sem estarem dotados dos meios que só o governo estadual tem. Apenas ocuparam o vácuo de poder devido a omissão do governo, tentando acalmar a população assustada e em pânico. Uma ação sem precedentes na história recente do estado.

Mas esse procedimento não se restringe a segurança pública. Lembrem-se que ela também já assinou alguns decretos considerando estado de calamidade pública a falta de água na cidade e até marcou data para resolver o problema e o que acontece é que agora tudo piorou e já falta água em todos os dias em toda a cidade. A saúde com dezenas de hospitais construídos por despensa de licitações o que se vê é o aumento de sofrimento da população que para o mínimo de atendimento tem que viajar, de qualquer maneira para municípios maiores porque o hospital inaugurado com festas em um dia está fechado no dia seguinte como mostra a televisão diariamente.

É a mentira da despoluição das praias que teve até banho de mar de autoridades tudo devidamente registrado pela televisão, mas que continuam poluídas e piores a cada dia porque nada é feito. E a educação que está se tornando uma tragédia de grandes proporções para o desenvolvimento do estado. Os dados do censo de 2010 mostram que em 36 municípios do estado entre 80 e 89 por cento da população acima de 25 anos é analfabeta e não tem o ensino fundamental completo. Logo na idade mais produtiva da vida. E o que faz o governo? Nada.

E para encerrar o governo assiste inerte o crack tomar conta de parte expressiva da juventude mais carente sem, também, nada fazer.

Ou seja o governo não existe, não trabalha, não aparece e não diz a que veio. Mas quem paga é a população maranhense.


Ou seja, para que serve mesmo o governo?

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