Para alguns, esse lançamento pode significar o começo do fim da senha, tida como inconveniente e insegura, para autenticação.
Esse leitor biométrico --embutido no botão frontal do iPhone-- escaneia um polegar ou um indicador com seu sensor de 500 pontos por polegada (leitores avançados chegam a 1.000 ppi) e o compara às impressões que foram cadastradas.
A empresa diz que toda a informação é criptografada, o que impediria que um hacker tivesse acesso às impressões digitais mesmo que invadisse o smartphone.

Touch ID, software de biometria do iPhone 5s (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
Por ler "camadas abaixo da pele", o sistema também evita que seja usado
um dedo falso (de silicone) ou um que tenha sido arrancado do corpo.
Caso o celular fique 48 horas sem ser usado, o desbloqueio só pode ser
feito por meio de uma sequência numérica definida pelo dono.
"Não espere que o sistema seja perfeito", disse a Apple ao "Wall Street
Journal". Ele pode apresentar falhas de identificação, em especial com
dedos molhados ou suados. Digitais fracas por natureza ou por causa de
acidentes também são um problema.
Sobre privacidade, a empresa garante que toda a informação do sistema é
armazenada somente no dispositivo --não é vinculada a uma conta
on-line-- e não pode ser acessada por aplicativos.
MAIS SEGURO?
Apesar de ser uma novidade, o sensor biométrico do iPhone 5s não é uma
surpresa: há rumores sobre sua existência desde julho do ano passado,
quando a Apple comprou a AuthenTec, empresa responsável pela tecnologia,
por US$ 356 milhões.
Dois meses depois, foi descoberta uma falha em um software dessa mesma
companhia, que expôs potencialmente milhões de donos de PCs com leitor
biométrico fabricados por Dell, Sony e pelo menos outras 14 marcas.
Em vez de aumentar a segurança, o programa estava exibindo as senhas de
seus usuários --não há indícios de que haja relação entre esse software e
o do novo iPhone. A Apple não quis comentar.
"Não costuma demorar para alguém encontrar algum modo de contornar um
sistema desses", diz Alexandre Fernandes de Moraes, professor da
Unifieo, autor de uma pesquisa sobre sistemas biométricos em aeroportos
--os quais considera "extremamente seguros". "Tudo que envolve biometria
é uma boa iniciativa para a segurança."
"Sua digital não é um segredo --você a deixa em todo lugar que toca",
escreveu em artigo o especialista Bruce Schneier. Para ele, contudo, a
autenticação por toque é um "bom equilíbrio entre segurança e
conveniência".
Empresas donas de alternativas à senha, como as que bancam o site petition againstpasswords.com, elogiaram o lançamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário