Marcelo Bielsa pede R$ 11 milhões por ano e fica longe do Santos

Outro fator que emperra a negociação é o fato do argentino só querer assumir em janeiro de 2014. Diretoria quer o técnico para já

Por Marcelo Hazan e Cassio Barco

Marcelo Bielsa exagerou na pedida e assustou
santistas (Foto: EFE)

Marcelo Bielsa, que era considerado pela diretoria do Santos nome ideal para substituir Muricy Ramalho, está praticamente descartado pelo clube. Dois motivos levam o Peixe a ficar com um pé atrás na negociação: o preço (Bielsa pediu salário de 4 milhões de euros - R$ 11 milhões - ao ano), e a data da chegada: o contrato do técnico com Athletic Bilbao, da Espanha, vence no próximo dia 30, mas ele só quer assumir o Santos em janeiro de 2014. A diretoria quer o treinador imediatamente. Apesar das discordâncias, a negociação está no início, e o Peixe tentará fazer o argentino mudar de ideia. O clube, porém, não irá ceder às exigências.

A disputa do Campeonato Brasileiro é prioridade para o Santos, que busca um título neste ano e a vaga na Libertadores de 2014. Por isso, o clube quer Bielsa logo. O time teve uma experiência traumática recentemente, quando efetivou o ex-auxiliar Marcelo Martelotte, após demitir Dorival Júnior, à espera de Adilson Batista, contratado em novembro de 2010 e que só assumiu o time em janeiro. Onze jogos depois, no dia 27 de fevereiro, foi demitido.

Manter Claudinei Oliveira, técnico do sub-20, é uma opção. O técnico receberá um aumento nesta semana, já que, mesmo não sendo o treinador oficial, passará a ter maior responsabilidade. O que pesa a favor de Claudinei é a experiência com a base do Santos, já que o técnico passou por várias categorias até conquistar a Copa São Paulo no comando dos juniores neste ano. O clube deixou claro no comunicado do desligamento de Muricy Ramalho que inicia um processo de reformulação. O foco é aproveitar melhor no time profissional os garotos formados  na Vila Belmiro.

Outra opção que surge nos bastidores é Mano Menezes. O treinador é bem avaliado pela diretoria e pode se tornar o foco principal caso Bielsa não ceda. Em entrevista recente ao GLOBOESPORTE.COM, o ex-comandante da Seleção, que não trabalha desde novembro, quando foi demitido pela CBF, disse que voltará à ativa a partir de 11 de junho, quando completará 51 anos.