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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Exposição em redes sociais ameaça segurança de juízes, alertam americanos

Instrutores americanos falam a juízes maranhenses sobre segurança pessoal e no trabalho (Foto: Ribamar Pinheiro)
 
Instrutores americanos falam a juízes maranhenses sobre segurança pessoal e no trabalho (Foto: Ribamar Pinheiro)

Desembargadores, juízes e servidores do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) avaliaram, nesta sexta-feira (21), os perigos da superexposição e estratégias de segurança que podem evitar ameaças pessoais nas redes sociais.

O tema foi discutido durante palestra ministrada pelo coronel da polícia norte-americana e comandante da “US Police Instructor Teams - US-PIT”, Charles Saba, e pelos instrutores da SWAT, Shane McSheehy e Richard Rippy, no auditório do Fórum Des. Sarney Costa (Calhau).

Saba alertou os magistrados maranhenses sobre a responsabilidade que cada um tem sobre a própria segurança, ressaltando a vulnerabilidade dos perfis criados nas redes sociais.

O evento – promovido pela Comissão de Segurança Institucional em parceria com a Diretoria de Segurança do TJMA – foi aberto pelo desembargador José Luiz Almeida, que representou o presidente da Corte, desembargador Antonio Guerreiro Júnior.

“Sendo cidadãos, vivemos em estado de insegurança. Imagem enquanto autoridades”, ressaltou o desembargador, acrescentando que o curso não é a solução, mas desperta para essa questão.
“O magistrado é responsável por 51% da sua segurança pessoal. À instituição cabe investir em equipamentos, policiamento e outras ferramentas que afastem as situações de perigo iminente”, afirmou.

Para o instrutor Shane McSheehy, não há filtro seguro que impeça a ação de criminosos, sejam reais ou virtuais. “A mídia social é popular e de fácil acesso. Quando você envia uma informação, está puxando o gatilho e dando um tiro no ar. É uma bala que não se sabe aonde vai parar”, avaliou.

O policial citou procedimentos de segurança que podem neutralizar as fraudes ou ações suspeitas, como aderir às atualizações requeridas pelos sites sociais, usar nomes fictícios, não exibir fotos pessoais ou evitar dar dicas sobre localização, itinerários, preferências ou compromissos diários.

“Ao acessar este tipo de mídia, suas informações estão sendo compartilhadas com terceiros. É importante limitar ao máximo a exposição gerada pelo uso da rede social. Não exponha sua família ou amigos a situações de perigo”, orientou.

Cultura de segurança- A palestra integra a série de ações desenvolvidas pelo Judiciário maranhense para implantar uma nova cultura de segurança institucional entre os magistrados estaduais, de acordo com proposta lançada pelo presidente Guerreiro Júnior.

Em março deste ano, 38 juízes e desembargadores do Maranhão participaram, no Condado de Lake, na Flórida (EUA), de curso sobre segurança judicial ministrado por Charles Saba e sua equipe. Novas turmas de magistrados estão sendo organizadas para treinamento no segundo semestre deste ano.

"Pretendemos convencer os magistrados a uma mudança de paradigma em questões que envolvem segurança pessoal e familiar, e da instituição onde atuam”, explica o diretor de Segurança Institucional do TJMA, capitão Alexandre Magno de Souza.

Na opinião do juiz Júlio Prazeres, nos Estados Unidos as instruções modificaram sua forma de agir em relação à segurança pessoal. “Agora, até a minha forma de pegar a estrada e dirigir é diferente. Passei a ser mais observador e mais prudente em situações que podem oferecer perigo”, disse.
 
Irma Helenn
Assessoria de Comunicação do TJMA

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