Um bebê de sete meses morreu no Hospital Macrorregional de Coroatá, e
outro [irmão do que faleceu], por um erro médico, teve o braço
amputado, em fevereiro deste ano. O município é administrado por Tereza
Murad (PMDB), esposa do secretário de Saúde do Estado, Ricardo Murad.
Segundo informações do site Coroatá de Verdade,
a mãe da criança, Jaciele Farias, após dar luz à gêmeos prematuros em
Pedreiras, foi transferida para a unidade de Coroatá, por não haver
leito neonatal no município de origem.
Após seis dias de internação, Jaciele foi informada pela equipe
médica que uma de suas filhas havia falecido, devido a uma infecção dos
pulmões. Alguns dias depois, a nova triste notícia: a outra criança teve
o antebraço esquerdo amputado. Revoltada, a família afirma que houve
erro médico. A mãe afirma que, nos dias em que esteve internada no
hospital de Coroatá, observou que sua filha estava com o braço roxo e
inchado, por conta de esparadrapos que seguravam a agulha do soro.
Jaciele disse ainda que teria informado o detalhe, por quatro vezes, à
enfermeira que acompanhada o caso, que nada fez para resolver o
problema.
A genitora informou que, durante a internação, percebeu que o soro
havia sido trocado para o braço direito, sendo que o esquerdo, no qual
esteve com o soro por alguns dias, encontrava-se enrolado por algodão.
Ao solicitar para que o material fosse retirado, percebeu que o local,
onde antes estava a agulha, ficou ‘totalmente preto’, ou seja,
necrosado.
A equipe médica do Macrorregional de Coroatá chegou a informar,
então, que a criança seria transferida, urgentemente, para São Luís.
Porém, minutos depois, Jaciele recebeu o aviso de que precisava assinar
um termo de consentimento para amputação do antebraço da filha, ou a
infecção poderia tomar conta de todo o corpo da criança e ocasionar a
sua morte. A família pede justiça.
A equipe de reportagem do Atual7 tentou contato com a direção do Macrorregional de Coroatá e com a Secretaria de Saúde do Estado, mas não obteve êxito.
No Maranhão, apesar do hospital de Coroatá ser o que mais recebe
recursos financeiros da Saúde, a unidade de saúde não possui quantidade
de leitos suficientes para o atendimento à população coroataense. A
situação teria se agravado após o fechamento do Hospital Geral
Municipal, no início da gestão da prefeita Teresa Murad.
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