Lola posa para o Paparazzo. Ensaio vai ao ar neste sábado, 25 (Foto: Fernando Schlaepfer/Paparazzo)
Ao ritmo de dez programas por dia, Lola Benvenutti, codinome de Gabriela Natália Silva, de 21 anos, que ficou conhecida como a prostituta formada em Letras e sucessora de Bruna Surfistinha, diz que já perdeu a conta do número de homens com quem foi para cama.
"Foram muitos milhares, mas nunca contei. Já passei de mil há muito
tempo. Faz a conta: dez por dia, em um ano, já são mais de 3 mil", conta
ela, que posou para o Paparazzo, em ensaio que vai ao ar neste sábado, 25. "E antes de cobrar, já tinha muitos na conta" brinca.
Se nos tempos em que fazia faculdade e dava aula Lola se apertava para
chegar ao fim do mês, agora desfila de carro novo e já consegue fazer
uma poupança para quando a idade começar a pesar.
"Desde que a minha história explodiu, aumentou muito a demanda e
precisei subir o preço para dar conta. Hoje, cobro R$ 350 por hora.
Poderia até cobrar mais, mas acho esse um valor legal, que permite aos
clientes voltar sem pesar tanto no bolso", conta ela, lembrando que
quando dava aulas de português, sua hora não passava de R$ 10.
Apontada como sucessora de Bruna Surfistinha, que
teve sua história retratada em um filme em 2011, Lola rejeita qualquer
comparação. "Temos a mesma profissão e um blog. E só. Acho natural essa
associação, mas temos estilos e histórias muito diferentes. Nunca quis
ser uma Bruna. O blog era o que eu tinha na época para fazer esses
relatos. Não tenho nada contra ela, mas são pessoas diferentes. Será que
sempre que surgir uma cantora de axé, vão comparar com a Ivete
Sangalo?", protesta.
Lola também revelou que, ao contrário de Surfistinha, nunca usou
drogas. "Nunca nem experimentei. Não faz parte do meu universo". Para
dar conta da rotina tão intensa de trabalho, o único segredo, diz ela, é
"gostar do que faz". "Sempre digo que só aguento porque gosto. Seria
muito difícil se não tivesse prazer. Se você já vai com cara amarrada
cada vez que chega ao quarto, fica complicado", conta. "E ainda dizem
que somos mulheres de vida fácil", diverte-se.
Seu estilo mais "alternativo" - Lola tem uma mecha branca tipo Mortiça,
lateral do cabelo raspada e várias tatuagens pelo corpo - atrai
clientes variados. "Tem um perfil que procura, que é não aquele que
gosta da mulher mais gostosona, panicat. Quem me liga gosta do meu
estilo mais natural. Atendo desde jovenzinhos que querem perder a
virgindade até homens mais velhos atraídos por essa questão da Lolita e
por eu ter feito faculdade. Tem solteiro, mas a maioria é casado. Tem
quem está infeliz no casamento, mas também quem está feliz e só quer
variar", entrega.
Seu cliente mais velho foi um senhor de 90 anos: "Ele precisava de
ajuda para andar, mas chegou com dois homens e uma menina para uma
festinha. E fez um pedido inusitado, que eu nunca tinha realizado",
conta, sem dar mais detalhes. Entre os piores, lembra, está um rapaz
muito "bruto" e outro que chegou para o encontro sem banho. "Sorte que
ele não queria finalizar".
Lola durante o ensaio para o Paparazzo, em Itacoatiara, Niterói, estado do Rio(Foto: Alexandre Campbell/ Paparazzo)
Entre os pedidos mais "estranhos" recebidos, Lola não esquece um que
pediu para ela almoçar na cabeça dele. "Queria ser feito de mesa. Mas
tem quem quer ser cavalinho, muitos querem ser cornos", revela,
completando que aumentou o interesse por sadomasoquismo desde o
lançamento do livro "50 tons de cinza".
Primeira vez
Com "muitos milhares" de encontros na conta, Lola só quer saber de
esquecer a frustrante primeira vez. "Foi aos 13 anos, com um cara que
conheci na internet. Ele tinha uns 30 anos. Foi horrível e eu
desencantei completamente. Não esqueço aquela imagem de um homem falando
ao celular com a mãe, pelado, usando uma meia de seda", lembra,
contando que passou mais um ano sem entender como as pessoas poderiam
gostar "daquilo".
O primeiro programa também foi marcado pela internet aos 17: "Sempre
entrava em sites de relacionamentos e saía com vários caras. Até que um
dia pensei: por que não cobrar"?.
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