Nas redes sociais a reclamação recorrente
neste domingo foi quanto ao show da banda baiana Chiclete com Banana,
realizado neste sábado em São Luís. Depoimentos e mais depoimentos de
pessoas arrependidas, vejam só, de terem ido ao evento.
As queixas maiores dos incautos são em relação aos assaltos. Muitos tiveram celulares e outros bens levados pelos assaltantes.
Bom, tudo não mais do que previsível. Esperado!
É
sempre assim nesses shows. Investe-se uma fortuna em ingressos, roupas,
locomoção, bebidas etc. (somando não dá menos que R$ 1000 reais gastos
em uma noite) e, em contrapartida, nenhum benefício gerado. Quando não
são assaltos, brigas, discussões, corre-se o risco de ser violentado por
um alucinado qualquer ou até mesmo perder a vida.
Na
maioria das vezes ocasionado pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas –
ou até mesmo drogas, já que a fiscalização é mínima. Qualquer mal
intencionado pode facilmente entrar com uma arma. Daí é um passo para
tirar a vida de alguém. Ninguém está imune, nem mesmo àqueles que não
são adeptos de baderna.
Até no retorno
para casa também é perigoso. Sob o efeito mínimo do álcool, é grande a
probabilidade de ocorrer um acidente automobilístico, por
irresponsabilidade de quem está conduzindo ou de quem dirige do outro
lado da ponta. Quem não lembra pelo menos de um episódio desses recente
em São Luís?
Chama a atenção que
nessas micaretas são sempre as mesmas músicas (no caso do Chiclete com
Banana, o repertório não muda há décadas), as mesmas danças, figuras
carimbadas, papos infrutíferos. Em outras palavras, muita falta de bom
senso.
Não obstante, para uma parcela da sociedade, isso é qualidade de vida. É ‘aproveitar a vida’. Uhum, fazendo mal a si próprio…
Por
outro lado, existe um reduzido grupo de empresários espertos que
faturam milhões à custa da extravagância frívola destes cidadãos
desavisados, estes mais preocupados em aparecer nas colunas sociais ou
postar fotos protagonizadas em situações inusitadas no facebook. Para
que? Qual o ganho com isso?
O resultado – nada bom – vem depois.
Ressaca,
estafa, vazio interno, enfado e excesso dinheiro desperdiçado por
apenas algumas horas de ‘diversão’ (?). Energia que poderia ser
aproveitado em algo mais profícuo, como nos estudos, um curso, um
intercâmbio cultural, a Deus.
Resumindo:
no dia seguinte, bate aquele arrependimento. Em sã consciência, vem o
pensamento de que jamais faria aquilo novamente. Mas aí é torcer para
cumprir a promessa de não mais deixar se enganar, semelhante a que fazem
os que querem perder peso, de que na segunda-feira começarão uma dieta e
entrarão na academia.
Não se trata de nenhum desrespeito ou ofensa, mas apenas de uma reflexão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário