Caio, autor de um dos gols do Grêmio na final da Libertadores, agora conta com uma corrente feita pelos ex-colegas de time para superar uma trombose na perna.
Protagonista
dos maiores títulos que um jogadores pode conquistar por um clube de
futebol, o ex-centroavante Caio agora luta contra o próprio corpo.
Vivendo em São Luís, no Maranhão, sua terra natal, ele sofre de trombose
e, por não conseguir mais trabalhar, acumula problemas financeiros.
Tenta conseguir uma cirurgia para evitar ter de amputar a mesma perna
que marcou um dos gols mais importantes da história do Grêmio. O gol que
abriu a vitória por 2 a 1 sobre o Peñarol na final da Libertadores de
1983 (assista ao gol de Caio contra o Peñarol).
Aos
59 anos, Caio atua como taxista no aeroporto da capital maranhense.
Depois de abandonar o futebol, chegou a tentar a carreira de técnico,
abriu uma escolinha de futebol, mas teve de optar pela profissão de
motorista para sustentar a família. Engana-se quem pensa que ele se
arrepende. O ex-jogador tem paixão pelo que faz e garante que não deixa
faltar nada em casa. Só lamenta o fato de hoje não conseguir mais
cumprir com a sua rotina.
Caio com Tita na festa dos campeões mundiais de 1983 pelo Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Grêmio, Divulgação)
-
Eu adoro guiar. Mas agora eu preciso ficar em repouso total, é ordem
médica, até esperar um leito para eu me operar. Como taxista você ganha o
suficiente para se manter o dia a dia. Eu nunca vi um taxista ser rico.
Não vou ser eu que vou ficar rico. Mas ganho para não me faltar nada em
casa, para alimentação, meus remédios, minhas coisas - garantiu Caio em
entrevista por telefone ao GloboEsporte.com.
Caio (D) comemora com Osvaldo um dos gols do Grêmio na Libertadores (Foto: Agência RBS)
O
problema na perna de Caio não é novo. Porém, por não entender a real
gravidade da enfermidade, ele deixou o quadro se agravar. Hoje corre o
risco de ter de amputar o membro e depende do Sistema único de Saúde
(SUS) para ser operado.
- Eu tive uma trombose há muito anos,
mas não dei muita importância, até por ser leigo no assunto, e as coisas
foram se agravando. As coisas foram evoluindo e eu continuei
trabalhando. Existe o risco de amputar a perna, mas eu estou me cuidando
para não acontecer isso. O sangue não circula do meu joelho para baixo.
Preciso operar para não ter esse risco - explicou.
Mas Caio
não está lutando sozinho contra o problema. Assim que souberam da
situação do jogador que também conquistou o Mundial em 83, com direito a
participação direta no gol do título marcado por Renato contra o
Hamburgo, os ex-colegas de Grêmio se mobilizaram. Capitaneado por
Tarciso, ex-companheiro de ataque e de quarto nas concentrações, o grupo
está muito próximo de arrecadar a quantia necessária para que ele faça a
cirurgia em um hospital particular.
Tarciso, que vereador em Porto Alegre, se emociona ao lembrar a relação com Caio, dentro e fora de campo.
-
O Caio é uma pessoa espetacular. É um dos caras mais humildes com quem
eu trabalhei. Me desesperei quando vi ele nessa situação. Comecei a
ligar para todos os nossos amigos, nossos ex-colegas, para ajudá-lo a
sair dessa. Já temos uma boa quantia, que entra direto na conta dele, e
acho que vamos conseguir resolver essa situação - disse ao
GloboEsporte.com.
Caio autografa camisa do Grêmio em evento para os campeões mundiais (Foto: Lucas Uebel/Grêmio, Divulgação)
Jogadores
como Hugo De León, capitão da equipe de 1983, e até o atual presidente
do clube, Fábio Koff, que também era mandatário na época, participaram
da campanha para ajudar Caio, que também defendeu clubes como Portuguesa
e Botafogo.
O grupo ainda estuda uma maneira de trazer Caio
para Porto Alegre para que ele faça a cirurgia e a sua recuperação na
cidade onde conquistou as suas maiores glórias. Há até oferta de emprego
para que o ex-jogador se muda em definitivo para o Rio Grande do Sul. E
ele não descarta a possibilidade:
- Eu amo o sul, eu amo todos vocês. Vivi minha época mais feliz aqui.
COMO AJUDAR
Nome: Luiz
Carlos Tavares Franco
Banco: Caixa
Econômica Federal
Agência: 1136
Operação: 013
Conta
Poupança: 5663-9
* Colaborou Eduardo Deconto
Protagonista
dos maiores títulos que um jogadores pode conquistar por um clube de
futebol, o ex-centroavante Caio agora luta contra o próprio corpo.
Vivendo em São Luís, no Maranhão, sua terra natal, ele sofre de trombose
e, por não conseguir mais trabalhar, acumula problemas financeiros.
Tenta conseguir uma cirurgia para evitar ter de amputar a mesma perna
que marcou um dos gols mais importantes da história do Grêmio. O gol que
abriu a vitória por 2 a 1 sobre o Peñarol na final da Libertadores de
1983 (assista ao gol de Caio contra o Peñarol).
Aos
59 anos, Caio atua como taxista no aeroporto da capital maranhense.
Depois de abandonar o futebol, chegou a tentar a carreira de técnico,
abriu uma escolinha de futebol, mas teve de optar pela profissão de
motorista para sustentar a família. Engana-se quem pensa que ele se
arrepende. O ex-jogador tem paixão pelo que faz e garante que não deixa
faltar nada em casa. Só lamenta o fato de hoje não conseguir mais
cumprir com a sua rotina.
Caio com Tita na festa dos campeões mundiais de 1983 pelo Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Grêmio, Divulgação)
-
Eu adoro guiar. Mas agora eu preciso ficar em repouso total, é ordem
médica, até esperar um leito para eu me operar. Como taxista você ganha o
suficiente para se manter o dia a dia. Eu nunca vi um taxista ser rico.
Não vou ser eu que vou ficar rico. Mas ganho para não me faltar nada em
casa, para alimentação, meus remédios, minhas coisas - garantiu Caio em
entrevista por telefone ao GloboEsporte.com.
O
problema na perna de Caio não é novo. Porém, por não entender a real
gravidade da enfermidade, ele deixou o quadro se agravar. Hoje corre o
risco de ter de amputar o membro e depende do Sistema único de Saúde
(SUS) para ser operado.
- Eu tive uma trombose há muito anos,
mas não dei muita importância, até por ser leigo no assunto, e as coisas
foram se agravando. As coisas foram evoluindo e eu continuei
trabalhando. Existe o risco de amputar a perna, mas eu estou me cuidando
para não acontecer isso. O sangue não circula do meu joelho para baixo.
Preciso operar para não ter esse risco - explicou.
Mas Caio
não está lutando sozinho contra o problema. Assim que souberam da
situação do jogador que também conquistou o Mundial em 83, com direito a
participação direta no gol do título marcado por Renato contra o
Hamburgo, os ex-colegas de Grêmio se mobilizaram. Capitaneado por
Tarciso, ex-companheiro de ataque e de quarto nas concentrações, o grupo
está muito próximo de arrecadar a quantia necessária para que ele faça a
cirurgia em um hospital particular.
Tarciso, que vereador em Porto Alegre, se emociona ao lembrar a relação com Caio, dentro e fora de campo.
-
O Caio é uma pessoa espetacular. É um dos caras mais humildes com quem
eu trabalhei. Me desesperei quando vi ele nessa situação. Comecei a
ligar para todos os nossos amigos, nossos ex-colegas, para ajudá-lo a
sair dessa. Já temos uma boa quantia, que entra direto na conta dele, e
acho que vamos conseguir resolver essa situação - disse ao
GloboEsporte.com.
Caio autografa camisa do Grêmio em evento para os campeões mundiais (Foto: Lucas Uebel/Grêmio, Divulgação)
Jogadores
como Hugo De León, capitão da equipe de 1983, e até o atual presidente
do clube, Fábio Koff, que também era mandatário na época, participaram
da campanha para ajudar Caio, que também defendeu clubes como Portuguesa
e Botafogo.
O grupo ainda estuda uma maneira de trazer Caio
para Porto Alegre para que ele faça a cirurgia e a sua recuperação na
cidade onde conquistou as suas maiores glórias. Há até oferta de emprego
para que o ex-jogador se muda em definitivo para o Rio Grande do Sul. E
ele não descarta a possibilidade:
- Eu amo o sul, eu amo todos vocês. Vivi minha época mais feliz aqui.
COMO AJUDAR
Nome: Luiz
Carlos Tavares Franco
Banco: Caixa
Econômica Federal
Agência: 1136
Operação: 013
Conta
Poupança: 5663-9
* Colaborou Eduardo Deconto
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