Promotora do consumidor recebeu abaixo-assinado de 70 clientes reclamando dos serviços.
Elirdes Soares/Imirante
Douglas Jr/ O Estado Promotora Lítia Cavalcanti
Usuários que utilizam plano de saúde em São Luís ultimamente
têm passado por inúmeros problemas. No último dia 25, três inquéritos
civis foram instaurados contra planos de saúde (Unimed São Luís, Atemde e
Multiclínicas) por causa das constantes reclamações de usuários que
utilizam os serviços na capital. Entre as reclamações, estão: má
prestação do serviço, negativa de coberturas para realização de exames,
marcação de consultas e procedimentos cirúrgicos.
Durante
a tarde desta terça-feira (13), usuários do Plano da Unimed São Luís
fizeram a entrega de um abaixo-assinado, em que foram colhidas cerca de
70 assinaturas dos clientes, que reclamam da situação que a operadora se
encontra.
De acordo com a titular da 2ª Promotoria
do Consumidor de São Luís, Lítia Cavalcanti, o plano não possui mais
condições para atender os clientes. “A rede está em débitos com todos os
hospitais e não possui condição econômica nenhuma de se manter aqui em
São Luís. Não adianta nem entrar em acordo, porque eles não conseguiram
cumprir com as obrigações”, ressalva. O inquérito civil já foi
instaurado e será encaminhado para o Ministério Público Federal (MPF)
com as informações sobre os atuais problemas, assim como a dissolução da
operadora na capital.
Maristela Andrade, usuário
do plano da Unimed há mais de 20 anos, reclama que a situação está
caótica. “Nós continuamos pagando, mas o plano não está mais oferecendo
nenhum dos serviços que foram firmados no contrato. Todos os hospitais,
clínicas e laboratórios de análise foram descredenciados. Até o último
hospital que estava atendendo, o Centro Médico, para nossa surpresa, foi
suspenso”, afirma.
A promotora ressaltou, ainda,
que o caso deve ser encaminhado ao MPF porque o plano não possui mais
condições para atender. E a competência não seria mais da Promotoria do
Consumidor. Para Lítia, a Agência Nacional de Saúde (ANS) tinha
condições de fiscalizar o plano, para saber se a operadora teria
condições de atender na capital maranhense, mas nada foi providenciado.
“A Agência Nacional de Saúde foi omissa ao aceitar esse tipo de situação
e de não haver fiscalização. Com isso os maiores prejudicados são os
clientes”, finalizou a promotora Lítia Cavalcanti.
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