Páginas

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Consumidores reclamam de Plano de Saúde em São Luís

Promotora do consumidor recebeu abaixo-assinado de 70 clientes reclamando dos serviços.

Elirdes Soares/Imirante

Douglas Jr/ O Estado Promotora Lítia Cavalcanti

Usuários que utilizam plano de saúde em São Luís ultimamente têm passado por inúmeros problemas. No último dia 25, três inquéritos civis foram instaurados contra planos de saúde (Unimed São Luís, Atemde e Multiclínicas) por causa das constantes reclamações de usuários que utilizam os serviços na capital. Entre as reclamações, estão: má prestação do serviço, negativa de coberturas para realização de exames, marcação de consultas e procedimentos cirúrgicos.

Durante a tarde desta terça-feira (13), usuários do Plano da Unimed São Luís fizeram a entrega de um abaixo-assinado, em que foram colhidas cerca de 70 assinaturas dos clientes, que reclamam da situação que a operadora se encontra.

De acordo com a titular da 2ª Promotoria do Consumidor de São Luís, Lítia Cavalcanti, o plano não possui mais condições para atender os clientes. “A rede está em débitos com todos os hospitais e não possui condição econômica nenhuma de se manter aqui em São Luís. Não adianta nem entrar em acordo, porque eles não conseguiram cumprir com as obrigações”, ressalva. O inquérito civil já foi instaurado e será encaminhado para o Ministério Público Federal (MPF) com as informações sobre os atuais problemas, assim como a dissolução da operadora na capital.

Maristela Andrade, usuário do plano da Unimed há mais de 20 anos, reclama que a situação está caótica. “Nós continuamos pagando, mas o plano não está mais oferecendo nenhum dos serviços que foram firmados no contrato. Todos os hospitais, clínicas e laboratórios de análise foram descredenciados. Até o último hospital que estava atendendo, o Centro Médico, para nossa surpresa, foi suspenso”, afirma.

A promotora ressaltou, ainda, que o caso deve ser encaminhado ao MPF porque o plano não possui mais condições para atender. E a competência não seria mais da Promotoria do Consumidor. Para Lítia, a Agência Nacional de Saúde (ANS) tinha condições de fiscalizar o plano, para saber se a operadora teria condições de atender na capital maranhense, mas nada foi providenciado. “A Agência Nacional de Saúde foi omissa ao aceitar esse tipo de situação e de não haver fiscalização. Com isso os maiores prejudicados são os clientes”, finalizou a promotora Lítia Cavalcanti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário