Os munípios recebem hospital mas grande parte da população ainda vive sem acesso a serviços de saneamento básico.

Sem acompanhar os avanços do restante do
país, o Maranhão enfrenta o desafio da perpetuação de sistemas
inadequados de saneamento básico, e mais de um milhão e meio de pessoas
que residem no estado convivem com a precariedade do sistema que é
oferecido. Apesar do investimento do governo do estado na construção de
Hospitais, a carência de políticas públicas voltadas para ações
centradas na saúde preventiva como o saneamento básico ainda colocam o
estado em posição vexatória, quando são divulgados indicadores a
respeito deste tema.
O Atlas do Desenvolvimento Humano revela
que algumas cidades onde recentemente foram inaugurados hospitais,
como Matinha, Tufilândia e Jenipapo dos Vieiras, apresentam
percentuais desanimadores quando o assunto é esgotamento sanitário
adequado.
No ano de 1991, 10,39% das residências
brasileiras não dispunham de saneamento básico adequado. Em 2000, esse
número caiu para 8,91% e em 2010 a queda foi ainda maior indo para
6,12%.
Nessa mesma avaliação, em 1991 Matinha
contava com 29,34% de residências com saneamento fora dos padrões. Em
2000 o município apresentou desvantagem ainda maior, 45,45% dos
domicílios vivam em condições precárias neste quesito. A análise de 2010
foi ainda mais preocupante, o número subiu para 49,29%.
O reflexo desses dados para Tufilândia
não foram tão diferentes. Em 1991, 6,08% das residências de Tufilândia
não dispunham de saneamento básico adequado. Em 2000 esse número saltou
para 68% e em 2010 ele regrediu, indo para 38,76%.
Os dados de Jenipapo do Vieiras
apresentam uma precariedade semelhante. Em 1991 60,65% dos domicílios da
cidade sofriam com as condições de saneamento básico. Em 2000 esse
número caiu para 12,60% e em 2010 o percentual subiu para 16,87%.
O saneamento básico inadequado é um
grande propulsor de contaminações de alimentos e de água, que, por
conseguinte, resultam na transmissão de doenças. A OMS (Organização
Mundial de Saúde) estima que 6% das doenças de todo o mundo poderiam ser
evitadas com tratamento adequado de água e esgoto.
maranhão da gente
Nenhum comentário:
Postar um comentário