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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Deputado estadual mais votado em 2014 já foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção

Josimar de Maranhãozinho é acusado pela PF de encabeçar uma quadrilha, em parceria com a esposa, que devastou áreas indígenas em extração ilegal de madeira

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O empreiteiro Josimar de Maranhãozinho (PR), deputado estadual eleito mais bem votado nas eleições gerais de 2014, escapou de ser preso, mas não de ser indiciado pela Polícia Federal, em dezembro de 2012, pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação, concussão, peculato e formação de quadrilha ou bando.
De acordo com relatórios da ‘Operação Cupim’, o novo membro da Assembleia Legislativa teria aumentado seus bens em aproximadamente R$ 30 milhões, durante o tempo em que movimentou o esquema.
O deputado estadual eleito mais votado nestas eleições, Josimar de Maranhãozinho, e a esposa Detinha. Foto: Divulgação
METRALHAS, SEGUNDO A PF O deputado estadual eleito mais votado nestas eleições, Josimar de Maranhãozinho, e a esposa Detinha. Foto: Divulgação
Segundo a PF, o ex-prefeito de Maranhãozinho – daí o porquê de seu nome de urna – encabeçava uma quadrilha que cobrava uma taxa para entrada de caminhões em áreas indígenas da Reserva Alto Turiaçu, localizadas no município que administrava e em Centro do Guilherme, administrado por sua esposa e também chefa da rede criminosa, a prefeita Maria Deusdete Lima, a Detinha, para extração de grande quantidade de madeira de forma ilegal. Na época, agentes federais chegaram a fazer buscas na prefeitura, empresa e residência de Josimar e sua esposa.
Segundo a Polícia Federal, o esquema funcionava com a Prefeitura de Maranhãozinho cobrando uma taxa de R$ 150, que dava direito a um tíquete para que cada caminhão – previamente cadastrado na prefeitura, obedecendo algumas predeterminações – entrasse na reserva indígena e de lá extraísse a madeira ilegalmente.
Cerca de 20 caminhões, por dia, saíam carregados do local, sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal; e sem que o dinheiro fosse repassado aos cofres públicos. Além do Josimar de Maranhãozinho, participavam do crime quatro policiais militares e vários funcionários públicos que, armados ilegalmente, faziam barreiras e cancelas.

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