Everton Felipe Santiago de Santana, de 23 anos, foi preso na tarde desta segunda-feira e revelou que outras duas pessoas também participaram do crime
Polícia prende primeiro suspeito por morte de torcedor no Arruda (Foto: Lucas Liausu)
Menos de 72 horas. Foi esse o tempo que as Polícias Militar
e Civil de Pernambuco precisaram para prender o primeiro suspeito por ter
matado o torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, na última
sexta-feira, no estádio do Arruda. Foram três dias de investigações, que ganharam corpo no
início desta segunda-feira com uma denúncia de que o suspeito estaria escondido
em uma casa no bairro de Água Fria. Everton
Felipe Santiago de Santana, de 23 anos, revelou ainda que outras duas pessoas também participaram da ação.
A cúpula da Secretaria de Defesa Social convocou uma
entrevista coletiva para esta tarde para detalhar a prisão, mas de
acordo com
informações de bastidores, o suspeito foi preso em uma escola no bairro
de Ouro
Preto, em Olinda, e não reagiu à prisão.
De acordo com
policiais que participaram da prisão, num primeiro momento ele tentou negar,
mas assim que os agentes pegaram o seu celular, viram mensagens falando sobre o
caso com outros amigos e afirmando que não queria ir para o
"inferno", se referindo a cadeia.
Logo após a chegada do suspeito, um homem dizendo ser seu advogado chegou à sede do DHPP, mas não quis falar com a imprensa.
Entenda o caso
Paulo Ricardo Gomes faleceu na última sexta-feira depois da
partida entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
Quando passava próximo ao portão seis do Arruda, destinado à torcida visitante,
foi atingido por um vaso sanitário arremessado da parte superior da
arquibancada. Além da vítima fatal, outras três ficaram feridas, mas estão fora
de perigo.
Torcedor do Sport e morador do bairro do Pina, zona sul do
Recife, Paulo Ricardo, 26 anos, trabalhava como soldador na indústria naval do
Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Integrante de uma
torcida uniformizada do Sport, saiu de casa com uma missão: tirar fotos da
uniformizada do Paraná - uma prática comum entre torcidas aliadas em diferentes
estados. Na câmera encontrada pelos bombeiros dentro da bolsa da vítima, havia
vários registros do jogo.
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