Ele se diz inconformado por receber R$ 22 mil sem trabalhar desde 2011. 'Falta juiz, e eu olhando para o teto', afirma; CNJ não vai se manifestar.

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do juiz federal Marcelo Antônio Cesca em rede social em que 'protesta'
contra demora do CNJ em aprovar retorno dele ao trabalho (Foto:
Reprodução)

Em outra postagem, juiz faz referência ao tempo que está sem trabalhar e, com ironia, diz que "não é fácil
viver no Brasil' (Foto: Reprodução), está sem trabalhar e, com ironia, diz que "não é fácil viver no Brasil' (Foto: Reprodução)
Afastado do cargo desde novembro de 2011 após sofrer um surto psicótico, um juiz federal de Brasília
postou fotos em uma rede social ironizando a demora do Conselho
Nacional de Justiça para analisar o pedido dele para voltar ao trabalho.
Nas imagens, Marcelo Antônio Cesca, de 33 anos, aparece na praia, com a
namorada.
“Eu agradeço ao Conselho Nacional de Justiça por estar há 2 anos e 3
meses recebendo salário integral sem trabalhar, por ter 106 dias de
férias mais 60 dias pra tirar a partir de 23/03/14, e por comemorar e
bebemorar tudo isso numa quinta-feira à tarde ao lado de minha amada
gata de 19 anos! Longa vida ao CNJ e à Loman [Lei Orgânica da
Magistratura Nacional]!”, escreveu na legenda de uma delas.
Em entrevista ao G1, o magistrado disse que o surto
ocorreu depois que um médico dobrou a dose de antidepressivo que ele
tomava na época, devido a um tratamento contra estresse pós-traumático. O
CNJ então abriu um processo administrativo para avaliar se ele tinha
capacidade de voltar a atuar, disse.
Cesca afirma que passou por três psiquiatras e que, em maio de 2013,
foi considerado apto a retomar suas atividades. Ainda assim, nove meses
depois, o caso ainda não foi analisado pelo CNJ. O G1 procurou o conselho, que disse que não vai se pronunciar a respeito.
O juiz, que atuava na 2ª Vara Federal e recebe salário de R$ 22 mil, se
diz indignado com a situação. “Isso é um absurdo e me afeta por vários
motivos. Primeiro, não posso legalmente exercer outra profissão.
Segundo, sem trabalhar, minha saúde piora, porque afeta minha
autoestima. Terceiro, não posso me promover na carreira. Quarto, falta
juiz, sobram processos e eu aqui olhando para o teto”, disse.
Cesca diz se considerar muito novo para estar parado e afirma que quer
voltar a trabalhar. "É tudo o que eu quero." Ele foi nomeado para o
cargo em maio de 2006, no Paraná.
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do juiz federal Marcelo Antônio Cesca em rede social em que 'protesta'
contra demora do CNJ em aprovar retorno dele ao trabalho (Foto:
Reprodução)
Em outra postagem, juiz faz referência ao tempo que está sem trabalhar e, com ironia, diz que "não é fácil
viver no Brasil' (Foto: Reprodução), está sem trabalhar e, com ironia, diz que "não é fácil viver no Brasil' (Foto: Reprodução)
Afastado do cargo desde novembro de 2011 após sofrer um surto psicótico, um juiz federal de Brasília
postou fotos em uma rede social ironizando a demora do Conselho
Nacional de Justiça para analisar o pedido dele para voltar ao trabalho.
Nas imagens, Marcelo Antônio Cesca, de 33 anos, aparece na praia, com a
namorada.
“Eu agradeço ao Conselho Nacional de Justiça por estar há 2 anos e 3
meses recebendo salário integral sem trabalhar, por ter 106 dias de
férias mais 60 dias pra tirar a partir de 23/03/14, e por comemorar e
bebemorar tudo isso numa quinta-feira à tarde ao lado de minha amada
gata de 19 anos! Longa vida ao CNJ e à Loman [Lei Orgânica da
Magistratura Nacional]!”, escreveu na legenda de uma delas.
Em entrevista ao G1, o magistrado disse que o surto
ocorreu depois que um médico dobrou a dose de antidepressivo que ele
tomava na época, devido a um tratamento contra estresse pós-traumático. O
CNJ então abriu um processo administrativo para avaliar se ele tinha
capacidade de voltar a atuar, disse.
Cesca afirma que passou por três psiquiatras e que, em maio de 2013,
foi considerado apto a retomar suas atividades. Ainda assim, nove meses
depois, o caso ainda não foi analisado pelo CNJ. O G1 procurou o conselho, que disse que não vai se pronunciar a respeito.
O juiz, que atuava na 2ª Vara Federal e recebe salário de R$ 22 mil, se
diz indignado com a situação. “Isso é um absurdo e me afeta por vários
motivos. Primeiro, não posso legalmente exercer outra profissão.
Segundo, sem trabalhar, minha saúde piora, porque afeta minha
autoestima. Terceiro, não posso me promover na carreira. Quarto, falta
juiz, sobram processos e eu aqui olhando para o teto”, disse.
Cesca diz se considerar muito novo para estar parado e afirma que quer
voltar a trabalhar. "É tudo o que eu quero." Ele foi nomeado para o
cargo em maio de 2006, no Paraná.
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