A médica cubana Ramona Matos Rodríguez ingressou nesta sexta-feira, 14,
com uma ação na Justiça reivindicando que o governo federal pague R$ 149
mil de indenização pelo período em que trabalhou no Mais Médicos.
Ramona, que abandonou o programa na semana passada e pediu abrigo na
liderança do DEM, pede que o valor seja bloqueado das contas da União
liminarmente, até que o mérito da causa seja analisado.
Ed Ferreira/Estadão Ramona Rodríguez abandonou Mais Médicos
A ação foi proposta na Justiça do Pará, Estado onde Ramona prestou
serviços por quatro meses. Ela reivindica R$ 69 mil em salários e
direitos trabalhistas não pagos e R$ 80 mil como indenização por danos
morais.
Ramona trabalhava na cidade paraense de Pacajá. Ela afirma ter
deixado o Programa Mais Médicos por causa da baixa remuneração,
sobretudo quando comparada ao valor que o Ministério da Saúde repassa
para médicos que ingressaram no programa por meio de inscrições
individuais. O valor repassado pela pasta é R$ 10 mil. Ela, que foi
recrutada por meio do acordo de cooperação com Cuba, recebia o
equivalente a US$ 400. O restante dos recursos ficava com governo
cubano.
A médica foi a primeira cubana a abandonar o Mais Médicos que não
retornou para Cuba. Depois que seu caso veio à tona, semana passada,
mais quatro casos de deserção foram registrados entre profissionais
recrutados em Cuba.
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