Cinco foram detidos; delegado diz que há ligação com facções criminosas. Em outro local, três foram baleados ao tentar furar bloqueio policial.
G1 Maranhão
Denúncias anônimas levaram a polícia a desarticular uma suposta nova tentativa de ataques a uma delegacia, em São Luís, nesta terça-feira (21). Cinco pessoas foram detidas, dentre elas, um adolescente.
O delegado Lawrence Pereira, da Superintendência de Investigações
Criminais (Seic), disse que esse ataque seria uma represália à
transferência de presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas para
presídios de Segurança Máxima fora do estado. “Esse plano tem ligação
com facções criminosas. Mas a polícia vai continuar com as investigações
e o monitoramento para evitar ataques como esse que estava sendo
planejado”, completou.
A polícia foi informada de que o grupo planejava atacar o 8° Distrito
Policial, localizado no bairro Liberdade. Ao serem abordados, os
suspeitos reagiram e houve troca de tiros. Um foi baleado, e seguiu para
o Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão I, no Centro da cidade.
Os outros foram levados para a Seic. Com eles foram apreendidos um
revólver calibre 38 e uma pistola 765.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse que Léo Fabricio
Santos Ferreira, o “Arroz da Liberdade”, foi identificado como um dos
autores dos ataques ao 8º Distrito Policial (Liberdade) no dia 4 de
janeiro e também responde a vários crimes de homicídios.
Todos os suspeitos foram autuados em flagrante por tentativa de homicídio qualificado, além de organização criminosa.
Polícia Militar realiza operações em diversos pontos da cidade (Foto: Igor Almeida/G1)
Outra operação
Em outro ponto da cidade, na Avenida Ferreira Gullar, segundo o Centro Integrado de Operações de Segurança do Maranhão (Ciops), cinco bandidos trocaram tiros com policiais. Segundo a SSP, os criminosos tentaram fugir do cerco policial por uma área de mangue no local. Na ação, três pessoas ficaram feridas, foram levadas para o hospital e não correm risco de morte. Um veículo Corsa Classic, cor preta, de placas NWW-6265 e um revólver foram apreendidos. Dois suspeitos foram presos e levados para o Plantão Central da Reffsa.
Uma onda de ataques a ônibus e delegacias em São Luís teve início na noite de 3 de janeiro.
A ordem partiu de uma facção criminosa instalada dentro do Complexo de
Pedrinhas. Quatro ônibus foram incendiados, duas delegacias foram
alvejadas e cinco pessoas ficaram feridas. Ao todo, 22 suspeitos foram
detidos por envolvimento nos atentados; entre eles, seis menores.
Entre as vítimas, estava a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos,
que teve 95% do corpo queimado e morreu no dia 6 de janeiro. A irmã
dela, Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, teve 20% do corpo
queimado e recebeu alta médica na quarta-feira (15). A mãe das duas
meninas, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, teve 40% do corpo
queimado.
O entregador de frangos Márcio Ronny da Cruz, de 37 anos, que teve 72%
do corpo queimado tentando salvar as duas crianças, está internado no
Hospital de Queimaduras de Goiânia (HQG). Além deles, a operadora de
caixa Abiancy Silva, de 35 anos, teve 10% do corpo queimado no ataque.
Nenhum comentário:
Postar um comentário