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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Secretário de Administração Penitenciária diz que seria “um sonho” deixar o cargo

Maranhão da gente

uchoa

Ele revela que todos os dias a família insiste em pedidos para que saia do comando do órgão

“Meu sonho é sair disso aqui, porque se instalou um sistema de debilidade moral” – essas foram as palavras usadas pelo secretário de Justiça e Administração Penitenciária, Sebastião Uchoa, para se referir aos constantes problemas que acontecem no sistema penitenciário do Maranhão.Na manhã seguinte à rebelião no Complexo de Pedrinhas, Uchoa afirma que a situação é gravíssima e que sua família teme pelo que pode lhe acontecer.

A declaração de Uchoa foi dada após ser perguntado por um radialista da Mirante AM se, mesmo após mais uma rebelião em Pedrinhas, o secretário permaneceria na pasta. Uchoa afirmou que continuará exercendo o cargo, mas que tem tido muita dificuldade na condução da pasta porque “se instalou um sistema de debilidade moral”.

Uchoa não deu mais detalhes sobre o que chamou de debilidade moral, mas confirmou que teve dificuldades nos primeiros meses para conseguir realizar um bom trabalho. Ele disse ainda que tenta “fazer com que o dinheiro seja corretamente aplicado”, e que conduz a pasta fazendo a aplicação correta do orçamento, respeitando os trâmites legais. Uchoa disse ainda que a sua esposa pede todos os dias que ele abandone a Secretaria pelo clima de insegurança em que vive a família.

Insegurança
Em nota divulgada agora a tarde, a Associação dos Magistrados do Maranhão( AMMA) revela a preocupação com o clima de insegurança que se instalou em São Luís e ressalta “o estado do Maranhão precisaria, no mínimo, duplicar a sua capacidade carcerária para permitir o cumprimento de todos os mandados de prisão ordenados pelos Juízes maranhenses”.

A nota diz ainda que embora AMMA reconheça a boa vontade do Secretário de Justiça e Administração Penitenciária, Sebastião Uchoa, em solucionar os graves problemas que acometem o sistema penitenciário, registra que o tema não tem recebido a atenção necessária do Governo do Estado, sobretudo em razão do seu caráter emergencial.

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