Repórter da Agência Brasil

Ao desembarcar, na madrugada de hoje (2), em Brasília,
médicos cubanos disseram que o objetivo de sua vinda para o Brasil é
humanitária e que pretendem ajudar a melhorar a saúde da população. "Eu
acho que trabalhar nas áreas carentes é uma grande experiência para
todos nós. É muito lindo ajudar todo o povo que necessita de nossa
ajuda, de nosso trabalho", disse a médica Roxana Galliardo. "Minha
expectativa é ajudar o povo brasileiro a melhorar sua saúde. Tenho 20
anos de experiência e já trabalhei em outros países, como a Venezuela e o
Paraguai, em áreas muito carentes", reforçou Ramon Flore.
Marcado para as 22h40 de ontem (1º), o desembarque de mais de 250
profissionais só ocorreu por volta da 1h. Um pequeno grupo aguardou os
médicos estrangeiros para dar-lhes boas-vindas, com bandeiras de Cuba e
do PT. A médica Lázara López também ressaltou que veio para contribuir.
Chegando para receber entre 40% e 50% do total do pagamento de R$ 10 mil
repassado pelo governo brasileiro, Lázara não faz comparações entre
trabalhar em Cuba ou no Brasil. "Não é questão de ser ou não vantajoso
para nós. Nós só fazemos isso por solidariedade".
Até
o fim da semana, 2 mil médicos cubanos terão chegado ao Brasil. Na
segunda-feira (7), esses profissionais iniciarão um curso com duração de
três semanas, com aulas de saúde pública e língua portuguesa. Além dos 2
mil cubanos, os 149 médicos com diploma do exterior que foram
selecionados para a segunda fase do Programa Mais Médicos iniciam o
curso na próxima segunda-feira. As aulas ocorrerão no Distrito Federal,
em Fortaleza, Vitória e Belo Horizonte. Em seguida, eles seguirão para
os municípios em que vão atuar.
Na primeira fase do Mais Médicos, 400 profissionais cubanos chegaram
ao Brasil e passaram por curso de formação e avaliação. A previsão do
Ministério da Saúde é trazer ao país, até o fim do ano, 4 mil médicos
cubanos. Esses profissionais vêm ao Brasil por meio de um acordo
intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e, por isso,
não precisam passar pelo Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos
Expedidos por Instituições de Educação Superior). Eles terão um registro
provisório válido por três anos e apenas para o local designado pelo
programa.
*Colaborou Yara Aquino
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