SÃO LUÍS Um time com poucos anos de história
no profissionalismo, de um ataque poderoso e que não vê a hora de
conquistar mais um acesso no Campeonato Brasileiro. Líder do Grupo B e
dono da melhor campanha na primeira fase da Série C, o Macaé Esporte
Futebol Clube será o adversário do Sampaio Corrêa na briga por uma vaga
nas semifinais da Terceirona e também na Série B de 2014. Classificado após uma vitória heroica sobre o Fortaleza,
no último domingo (13), o Tricolor começará o duelo decisivo contra os
cariocas neste sábado (19), no estádio Castelão. Por ser desconhecido de
boa parte da torcida maranhense, a história e o desempenho do Macaé na
Série C foram detalhados pelo Imirante Esporte. Confira.
A história
Fundado
em 1990 como Botafogo Futebol Clube, o Alvianil Praiano, como é
conhecido o Macaé, só se profissionalizou oito anos depois. Já em seu primeiro ano
participando de competições no Rio de Janeiro, conquistou o seu único
título, a Série C Estadual. Depois disso e de algumas tentativas, o
Macaé conquistou o direito de disputar o Campeonato Carioca pela
primeira vez em 2008, após ficar em terceiro lugar na Segundona do Rio.
Desde então, são seis anos consecutivos na elite do futebol carioca,
disputando partidas contra os grandes do Estado (Flamengo, Fluminense,
Vasco e Botafogo).
Em âmbito nacional, a primeira
competição do Macaé foi a Série C de 2003, onde foi eliminado na segunda
fase pelo Tupi (MG). Após não conseguir a permanência na Terceirona em
2008, o Leão carioca deu a volta por cima no ano seguinte: com uma
grande campanha, o Macaé conseguiu o acesso e terminou a competição como
vice-campeão, após perder a final para o São Raimundo (PA). Nas três
edições da Série C disputadas desde então, por duas vezes o Macaé esteve
próximo do acesso para a Segundona: em 2010, quando perdeu a vaga no
mata-mata para o Criciúma, e em 2012, quando caiu diante do Paysandu
tendo a melhor campanha de seu grupo na primeira fase, como foi este ano. A torcida do Sampaio agora torce para que o filme se repita com os cariocas.
Comemoração
do Macaé: com 27 gols, o ataque do time carioca é um dos mais
eficientes da competição. (Foto: Tiago Ferreira / Divulgação)
A campanha
Dono
da melhor campanha na primeira fase da Série C (31 pontos em 18 jogos,
aproveitamento de 57,4%), o Macaé teve momentos inconstantes na
Terceirona. Alternando entre vitórias e derrotas nas primeiras rodadas, o
clube carioca só se firmou no G-4 na última rodada do primeiro turno,
após uma vitória sobre o Vila Nova, em Goiânia. Este resultado, somado a
um triunfo sobre o Mogi Mirim na rodada anterior, marcou o início da
série invicta do Macaé na Série C: com seis vitórias e quatro empates, o
Alvianil garantiu a liderança do grupo e se deu ao luxo de poupar o
time na última rodada, onde a invencibilidade acabou caindo: derrota em
casa para o Vila Nova, por 1 a 0.
O time-base
Durante
a disputa da Série C, o técnico Gerson Andreotti construiu um time
titular que sofreu poucas alterações desde então. No gol, Luis Henrique é
titular absoluto e só ficou de fora do duelo contra o Vila Nova, com o
Macaé já classificado. Nas laterais, Valdir foi o camisa 2 em toda a
fase de grupos e Marco Goiano ganhou a posição na esquerda a partir da
5ª rodada. Na zaga, Cléber Carioca, de 37 anos, lidera ao lado do também
experiente Laerte, que se tornou titular do Leão após a saída de Diego
Guerra, negociado com o futebol árabe. No meio-campo, o capitão Gedeil,
com quase 200 jogos pelo Macaé, tem a companhia de Lucas Siqueira,
Marcelo e Norton, o camisa 10 e considerado um dos grandes nomes do
time, mesmo sendo o titular mais jovem do time (24 anos). Já no ataque,
Andreotti não tem do que se queixar: Ziquinha, Sérgio Júnior e William,
juntos, fizeram 16 dos 27 gols da equipe. E no banco, um velho conhecido
do torcedor brasileiro: o atacante Jean, com passagens por Flamengo e
Vasco.
Sérgio Júnior e Ziquinha deverão formar a dupla de ataque em São Luís, neste sábado (19). (Foto: Tiago Ferreira / Divulgação)
Desempenho em casa
Dono
de uma média de público bastante modesta (845 torcedores a cada
partida), o Macaé teve um desempenho muito bom quando jogou no estádio
Moacyrzão, que serviu de palco provisório aos grandes do Rio de Janeiro
durante a reforma do Maracanã. Foram seis vitórias, um empate e duas
derrotas (para Guarani e Vila Nova, este último com o time reserva). O
destaque na campanha em casa é a defesa: foram apenas cinco gols
sofridos em seus domínios.
Campanha como visitante
Se,
em casa, o Macaé não passou tantas dificuldades, fora do Rio de Janeiro
a equipe alternou grandes vitórias com resultados ruins. Entre as três
vitórias, o maior destaque foi o 1 a 0 sobre o também classificado Vila
Nova, em Goiânia. Por outro lado, foram duas derrotas para times que
estão no mata-mata (Caxias e Betim, sendo que a derrota para os mineiros
foi de 3 a 0) e um resultado ruim diante do rebaixado CRAC (derrota por
1 a 0, em Catalão). O aproveitamento como visitante é de 44,4%.
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