Paralisação de ônibus termina em São Luís

Ônibus voltaram a circular a partir das 13h desta quinta-feira (18). Sindicato avalia paralisação como positiva.

Motoristas e cobradores dos ônibus de São Luís retomaram as atividades a partir das 13h desta quinta-feira (18). Os ônibus foram liberados e retomaram as rotas normalmente. A categoria fez uma paralisação de cinco horas, iniciada às 8h, para reivindicar segurança no transporte coletivo.

Agora, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário no Estado do Maranhão encaminharam pauta de reivindicações para o Governo do Estado. "A avaliação é positiva do movimento, pois a sociedade entendeu, a sociedade civil organizada participou. Só lamentamos não ter a presença de nenhum representante do poder legislativo e executivo municipal e estadual. É essa é uma mostra do desrespeito de nossos governantes com o povo", criticou o presidente do Sindicato, Dourival Silva.

Dados do Sindicato das Empresas de Transporte (SET) de São Luís mostram que, em 2010, foram 311 assaltos a ônibus registrados na Região Metropolitana de São Luís. Em 2011, o índice subiu para 377. Já em 2012, o número caiu para 260 ocorrências. Até julho deste ano, já foram 317 assaltos.

Os motoristas e cobradores dizem que bairros próximos a redutos do tráfico de drogas como João Paulo, Ipase e Alemanha se tornaram os mais perigosos ultimamente. De acordo com o superintendente do SET, Luís Cláudio Cerqueira, é grande o número de trabalhadores que têm pedido demissão ao serem deslocados para trabalhar em rotas consideradas perigosas.

O secretário de Segurança Pública do Estado do Maranhão (SSP-MA) Aluísio Mendes comentou o problema da insegurança no transporte coletivo da Região Metropolitana de São Luís. Ele admitiu que houve aumento de assaltos a ônibus, disse que a maioria dos assaltantes são menores de idade e criticou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

"Realmente houve um aumento de 28%, eu estou com a estatística aqui. Um dado importante é que foram feitas 33 prisões de assaltantes de coletivos e de van e mais de 60% dos presos são menores de idade, que são apreendidos e rapidamente voltam a delinquir", explicou Mendes.