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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Funcionários interditam portaria de acesso à Vale para protestar contra construtora

A Lucaia, que presta serviço à Vale, fechou as portas e deixou cerca de 300 funcionários com os salários atrasados há cinco meses.

Pedro Sobrinho / Imirante.com
 
SÃO LUÍS - Cerca de 300 funcionários da Construtora Lucaia interditaram na manhã desta segunda-feira (3), interditaram a portaria de acesso à Vale, no Anjo da Guarda, área Itaqui-Bacanga, para reivindicar da contratada pagamento dos salários e outros direitos trabalhistas. Os manifestantes disseram que estão há cinco meses com os salários atrasados e que a construtora baiana Lucaia, que presta serviço à Vale, fechou as portas na capital maranhense.

Os funcionários estão sem saber a quem recorrer. Antônio Pereira argumenta que os empregados da construtora estão sem receber dinheiro e a construtora abandonou o canteiro de obras sem rescindir o contrato assinado pelos trabalhadores.

- Eles mandaram a gente para casa e não resolveram o nosso salário e tampouco deram baixa em nossas carteiras de trabalho. A Vale, para quem a construtora prestava serviços, garantiu que o pagamento seria feito no dia 30 maio, o que não aconteceu. Até o momento, a nossa situação não foi resolvida. As nossas famílias é que estão sofrendo as consequências. A gente vira para um lado, para outro e ninguém está preocupado com a nossa situação - desabafou.

Outro manifestante, identificado como Emerson, responsabiliza a Vale para que assuma o prejuízo causado pela construtora Lucaia.

- O nosso caso está sendo empurrado com a barriga. Esperamos que a Vale assuma o compromisso haja vista a construtora Lucaia estar prestando serviço para a companhia - enfatiza.

Esclarecimento

Em nota, a Assessoria de Comunicação da Vale esclarece que, desde o dia 25/2, a Lucaia se retirou do local da prestação de serviços, sem maiores esclarecimentos. Desde então, a Vale vem adotando as medidas contratuais e judiciais cabíveis quanto ao assunto.

A Vale repudia qualquer manifestação que comprometa o direito soberano e constitucional de ir e vir, inerente a todos os cidadãos, e reforça que o comprometimento deste direito irá acarretar sanções legais a quem o desrespeitar. A empresa reitera que tem como prática estimular que suas contratadas usem o diálogo contínuo como premissa para a solução de qualquer conflito com seus empregados.
 

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