A Lucaia, que presta serviço à Vale, fechou as
portas e deixou cerca de 300 funcionários com os salários atrasados há
cinco meses.
Pedro Sobrinho / Imirante.com
SÃO LUÍS - Cerca de
300 funcionários da Construtora Lucaia interditaram na manhã desta
segunda-feira (3), interditaram a portaria de acesso à Vale, no Anjo da
Guarda, área Itaqui-Bacanga, para reivindicar da contratada pagamento
dos salários e outros direitos trabalhistas. Os manifestantes disseram
que estão há cinco meses com os salários atrasados e que a construtora
baiana Lucaia, que presta serviço à Vale, fechou as portas na capital
maranhense.
Os funcionários estão sem saber a
quem recorrer. Antônio Pereira argumenta que os empregados da
construtora estão sem receber dinheiro e a construtora abandonou o
canteiro de obras sem rescindir o contrato assinado pelos trabalhadores.
-
Eles mandaram a gente para casa e não resolveram o nosso salário e
tampouco deram baixa em nossas carteiras de trabalho. A Vale, para quem a
construtora prestava serviços, garantiu que o pagamento seria feito no
dia 30 maio, o que não aconteceu. Até o momento, a nossa situação não
foi resolvida. As nossas famílias é que estão sofrendo as consequências.
A gente vira para um lado, para outro e ninguém está preocupado com a
nossa situação - desabafou.
Outro manifestante, identificado como Emerson, responsabiliza a Vale para que assuma o prejuízo causado pela construtora Lucaia.
-
O nosso caso está sendo empurrado com a barriga. Esperamos que a Vale
assuma o compromisso haja vista a construtora Lucaia estar prestando
serviço para a companhia - enfatiza.
Esclarecimento
Em
nota, a Assessoria de Comunicação da Vale esclarece que, desde o dia
25/2, a Lucaia se retirou do local da prestação de serviços, sem maiores
esclarecimentos. Desde então, a Vale vem adotando as medidas
contratuais e judiciais cabíveis quanto ao assunto.
A
Vale repudia qualquer manifestação que comprometa o direito soberano e
constitucional de ir e vir, inerente a todos os cidadãos, e reforça que o
comprometimento deste direito irá acarretar sanções legais a quem o
desrespeitar. A empresa reitera que tem como prática estimular que suas
contratadas usem o diálogo contínuo como premissa para a solução de
qualquer conflito com seus empregados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário