Grupo adicionava água,
açúcar e sal em leite furtado de produtores do sul do Estado. Cerca de
10 mil litros eram furtados semanalmente
A Polícia Civil prendeu em Morrinhos, a 128 quilômetros
de Goiânia, sete suspeitos de integrar uma quadrilha especializada no
roubo e adulteração de leite na região sul de Goiás. As prisões são
fruto de uma operação desencadeada na madrugada de domingo, após
denúncias do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Goiás
(Sindileite).
Os presos foram identificados como Humberto Pereira
Oliveira, 48 anos - apontado como o chefe da quadrilha -, Liomar
Fernandes Rodrigues, 39 anos, Leandro José de Souza, 37 anos, Julio
Cesar Silva, 22 anos, Weider Aleixo Silva, 25 anos, José Roberto Paulo
de Souza, 22 anos, e Gilciene Elias da Costa, 38 anos. Segundo o
delegado Rilmo Braga, responsável pelas investigações, a quadrilha
furtava cerca de 10 mil litros a cada semana. Entre as vítimas do grupo
estavam produtores das cooperativas Complem, Bela Vista, Marajoara e
Italac.
O monitoramento da quadrilha presa foi iniciado em
novembro do ano passado. Segundo a Polícia Civil, Humberto empregava os
demais presos como seus motoristas, trafegando pelas principais linhas e
rotas leiteiras da região, transportando dezenas de milhares de litros
de leite semanalmente. Somente esse mês, Humberto havia transportado
mais de 700 mil litros de leite em seus três caminhões, todos
apreendidos.
Suspeitas dão conta de que Humberto furtava
aproximadamente 15% do leite que transportava, principalmente dos
cooperados da região da Areia, Marcelania, Bom Jardim das Flores,
Edealina e da região do Mimoso. Consta nos autos que ele levava esse
leite furtado para sua fazenda na região do trevo de Buriti Alegre, e lá
produzia um leite adulterado com substâncias que aumentavam a
quantidade do leite.
Análises preliminares apontam que os suspeitos incluíam
água, sal e açúcar no leite, que possivelmente seria revendido para
laticínios piratas na região, onde eram produzidos queijos e derivados
sem qualquer procedência. Na fazenda de Humberto foram apreendidos 690
quilos de açúcar e 75 kg de sal.
No local foram apreendidos ainda centenas de litros do
leite adulterado, além de um revólver que era usado por Humberto,
segundo denúncias, inclusive para convencer comparsas a permanecer na
quadrilha criminosa. Cálculos preliminares apontam que a quadrilha
furtava aproximadamente R$ 60 mil mês dos produtores.
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